Turismo: Visão e Ação (Aug 2015)

A GOVERNANÇA NA POLÍTICA NACIONAL DE REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO: ESTUDO DOS GRUPOS GESTORES DOS DESTINOS INDUTORES DO CEARÁ

  • Laura Mary Marques Fernandes,
  • Luzia Neide Menezes Teixeira Coriolano

DOI
https://doi.org/10.14210/rtva.v17n2.p247-278
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 2
pp. 247 – 278

Abstract

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A política nacional de regionalização do turismo promoveu a definição de destinos indutores do desenvolvimento turístico regional e a implantação de instâncias de governança denominadas grupos gestores. Este artigo trata do desempenho da política na efetivação da governança por meio dos grupos gestores que têm o objetivo de coordenar o processo de regionalização e toma como objeto empírico as instâncias de governança dos destinos indutores do Ceará: Fortaleza, Aracati, Jijoca de Jericoacoara e Nova Olinda. Os estudos sobre governança não restringem o entendimento do termo à organização interna das empresas e avançam na descrição das diversas formas pelas quais as sociedades se organizam na busca de objetivos. É esta acepção a utilizada na política de regionalização. As literaturas relativas à governança e as concepções teóricas sobre a intencionalidade dos processos de governança são distintas. A pesquisa contempla revisão de literatura, pesquisa documental e de campo. O público entrevistado é composto por representantes dos grupos gestores que são tripartites. No Ceará, os grupos gestores não ganham impulso, não conseguem estabelecer vínculos fortes entre si e com as forças políticas. A criação dos grupos movimentou os locais, mas os grupos não se sustentaram. A condição de decidir e de interferir foi insuficiente e descontínua. Palavras-chave: Governança. Grupo gestor. Destino indutor.