ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (Dec 2011)

Avaliação da expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a no adenocarcinoma de esôfago Protein p16INK4a immunohistochemical expression in adenocarcinoma of the esophagus

  • Mário Henrique Osanai,
  • Maria Isabel Albano Edelweiss,
  • Luise Meurer,
  • Maitê de Mello Vilwock,
  • Leandro Totti Cavazzola,
  • Guilherme Ribeiro,
  • Carlos Cauduro Schirmer,
  • Richard Ricachenevsky Gurski

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-67202011000400006
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 4
pp. 277 – 281

Abstract

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INTRODUÇÃO: O adenocarcinoma de esôfago apresenta aumento de frequência nas últimas décadas, particularmente em países desenvolvidos. O esôfago de Barrett é reconhecido como a principal lesão precursora e o estudo da sequência metaplasia-displasia-adenocarcinoma mostra a ocorrência de alterações genéticas desde suas fases mais incipientes. As alterações no p16INK4a são relatadas como frequentes no esôfago de Barrett e no carcinoma de esôfago. OBJETIVO: Verificar a prevalência da expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a em exames anatomopatológicos de pacientes com adenocarcinoma de esôfago. MÉTODO: A população do estudo foi constituída de 37 pacientes com adenocarcinoma de esôfago. A expressão da proteína p16 foi detectada por meio de análise imunoistoquímica, com anticorpo primário p16INK4aAb-7, clone 16P07, NeoMarkers e avaliada de acordo com o Sistema de Escore de Imunorreatividade (Immunoreactive scoring system - IRS) modificado. RESULTADOS: No grupo houve predominância de pacientes do sexo masculino (86,5%) e a maioria dos casos correspondia a estádios avançados (III e IV = 67,5%). Em 12 casos (32,4%) foi identificada expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a. Não foi observada relação significativa entre a perda da expressão da proteína p16INK4a e o grau de diferenciação histológica (p=0,81) nem com o estadiamento da doença (p=0,485). CONCLUSÃO: Ocorre perda da expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a, corroborando as informações de que a inativação do gene p16 é um evento frequente e que pode exercer papel importante na carcinogênese do adenocarcinoma de esôfago.BACKGROUND: The esophageal adenocarcinoma shows an increasing frequence in the last decades, specially in the developed countries. The Barrett´s esophagus is accepted as the major premalignant lesion and the metaplasia-dysplasia-adenocarcinoma sequence presents a lot of genetic changes since its early events. The alterations in p16INK4a are frequent in Barrett´s esophagus and esophageal carcinoma. AIM: To verify the prevalence of the immunohistochemical expression of the p16INK4a protein in patients with esophageal adenocarcinoma. METHODS: The study population consisted of 37 patients with resected esophageal adenocarcinoma. The p16INK4a protein expression was determined by immunohistochemistry using primary antibody p16INK4aAb-7, clone 16P07 NeoMarkers and assessed according to the Immunoreactive scoring system (IRS). RESULTS: Of 37 analyzed patients, the most were male (86,5%) and the advanced disease was predominant (stages III and IV = 67,5%). In 12 (32,4%) the immunohistochemistry was positive for p16INK4a.There was no significative relation between the protein expression and the degrees of histological differentiation of the biopsies and surgical especimens (p=0,81) neither with the staging (p=0,485). CONCLUSION: The lost of the immunohistochemical expression of the p16INK4a protein in this study suggests that p16 is enroled in the carcinogenesis of the adenocarcinoma of esophagus.

Keywords