Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Dec 2011)

Smoking and other pre-gestational risk factors for spontaneous preterm birth Tabagismo e outros fatores de risco pré-gestacional para nascimento espontâneo prematuro

  • Eugênio Grillo,
  • Paulo Fontoura Freitas

DOI
https://doi.org/10.1590/S1519-38292011000400006
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 4
pp. 397 – 403

Abstract

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OBJECTIVES: to investigate pre-gestational risk factors for spontaneous preterm birth and, the role of smoking and its cumulative effects on prematurity. METHODS: a case-control study analyzed a data set of all births occurring in a tertiary maternity hospital between April 2002 and July 2004. Spontaneous preterm births of single and live newborns without malformations were selected as cases. Controls were all the term births of live and single newborns without malformations during the same period. Three outcomes were studied: all preterm births (OBJETIVOS: investigar fatores de risco pré-gestacional para nascimento espontâneo prematuro e o papel do tabagismo e seus efeitos cumulativos na prematuridade. MÉTODOS: um estudo transversal baseado em um banco de dados maternos e perinatais, analisou todos os nascimentos ocorridos, em um hospital terciário, no período de abril de 2002 a julho de 2004. Nascimentos prematuros, únicos e espontâneos, de nascidos vivos, sem malformações, foram selecionados como casos. Controles foram selecionados como nascidos vivos e a termo, únicos e sem malformações durante o mesmo período. Três desfechos foram estudados: todos nascimentos prematuros com menos de 37 semanas, aqueles com menos de 35 e 32 semanas de gestação. Regressão Logística foi utilizada na determinação do efeito independente de cada um dos fatores de risco. RESULTADOS: idade materna de menos de 20 anos, baixa escolaridade, baixo índice de massa corporal pré-gestacional e tabagismo se mostraram independente e significativamente associados com nascimento espontâneo e prematuro para os três desfechos. Para todos os fatores de risco, exceto tabagismo materno, as razões de chance aumentaram linearmente com o decréscimo da idade gestacional. O teste para tendência linear se mostrou significante para idade materna de menos de 20 anos e para baixo índice de massa corporal pré-gestacional. CONCLUSÕES: os efeitos cumulativos do tabagismo apontam para a necessidade de incentivar o abandono do hábito de fumar entre as gestantes, especialmente entre aquelas com baixo índice de massa corporal e em idade mais avançada, devido ao risco aumentado de prematuridade neste grupo específico.

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