Revista Portuguesa de Cardiologia (Oct 2014)

Ventricular septal defect in children and adolescents in Angola: Experience of a tertiary center

  • Valdano Manuel,
  • Humberto Morais,
  • Ana Manuel,
  • Bruna David,
  • Sebastiana Gamboa

Journal volume & issue
Vol. 33, no. 10
pp. 637 – 640

Abstract

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Introduction and Objective: This is the first study in Angola with the aim of characterizing ventricular septal defect (VSD) among children and adolescents. Methods: A cross-sectional study based on echocardiographic records of the largest pediatric cardiology center in Angola included all children and adolescents (0 to 18 years old) with VSD between April 2010 and March 2011. The diagnosis was made by transthoracic and Doppler echocardiography with a Medison SA 8000 system. The sample was divided into two groups: Group 1, isolated VSD; and Group 2, VSD associated with other congenital heart defects (CHDs). Age, gender, type of VSD, associated CHDs and genetic syndromes were assessed. Results: A total of 490 CHDs were diagnosed, of which 283 were VSDs. In Group 1 (140, 49%) the mean age was 29±36 months. The most frequent age (mode) at diagnosis was 24 months. There was no predominance of gender (ratio 1:1). The majority (127, 91%) had perimembranous VSD. In Group 2 (143, 51%) 113 patients (79%) had one, 27 patients (19%) had two and three patients (2%) had three other CHDs. Trisomy 21 was the most common genetic syndrome (23, 96%). Conclusions: The study shows that VSD is the most common CHD in childhood, the diagnosis is made late and almost half of VSDs are associated with other CHDs. Resumo: Introdução e objectivo: Esta é a primeira pesquisa em Angola com o objetivo de caracterizar a comunicação interventricular entre crianças e adolescentes. Métodos: Estudo transversal, com base nos registos ecocardigráficos do maior Hospital de Cardiologia Pediátrica em Angola (abril de 2010 para março de 2011). Todas as crianças e adolescentes (0 a 18 anos de idade) com comunicação interventricular foram incluídas. O diagnóstico foi feito por ecocardiografia transtorácica e Doppler com a máquina de Medison SA 8000. A amostra foi dividida em dois grupos: Grupo I – comunicação interventricular isolada e Grupo II – comunicação interventricular associada a outras cardiopatias congénitas. A Idade, o sexo, o tipo de defeito do septo, principais cardiopatias congénitas associadas e as síndromes genéticas foram avaliados. Resultados: Houve 490 cardiopatias congénitas diagnosticadas, das quais 283 foram comunicação interventricular. No Grupo I (140, 49%) a idade média foi de 29 ± 36 meses. A idade mais frequente (moda) ao diagnóstico foi de 24 meses. Não houve predomínio quanto ao género (1: 1). Neste grupo a maioria tinha comunicação interventricular perimembranosa (127, 91%). No Grupo II (143, 51%) 113 pacientes (79%) tinham uma, 27 (19%) tinham duas e três (2%) tinham três outras cardiopatias congénitas associadas a comunicação interventricular. A Trissomia do cromossomo 21 foi a síndrome genética mais comum (24, 96%). Conclusões: O estudo mostra que comunicação interventricular é a cardiopatia congénita mais comum em crianças pré-escolares. Keywords: Congenital heart disease, Ventricular septal defect, Echocardiography, Palavras-chave: Cardiopatia congenital, Comunicação interventricular, Ecocardiografia