Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Jun 2011)

Classificação cirúrgica de Firmin para deformidades de orelha: análise crítica de série de casos operados no Brasil Firmin's surgical classification for ear deformities: critical analisys of a series operated in Brazil

  • Cesar Augusto Raposo-do-Amaral,
  • Cassio Eduardo Raposo-do-Amaral,
  • Françoise Firmin

DOI
https://doi.org/10.1590/S1983-51752011000200009
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 2
pp. 243 – 249

Abstract

Read online

INTRODUÇÃO: A reconstrução para corrigir as deformidades auriculares, congênitas ou adquiridas, é uma cirurgia desafiadora devido à grande variabilidade clínica e dos tipos de tratamento. Firmin descreveu uma classificação cirúrgica com a finalidade de auxiliar o cirurgião plástico na realização do tratamento. OBJETIVO: Demonstrar que não existe uma regra única entre os tipos clínicos e os possíveis tipos de incisão na pele e apresentar a melhor maneira de utilizar a classificação cirúrgica de Firmin. MÉTODO: Foram avaliados 12 pacientes, todos portadores de deformidades congênitas ou adquiridas. Os pacientes foram classificados clínica e cirurgicamente pela autora sênior. Foram excluídos do estudo os pacientes submetidos à reconstrução de orelha sem a necessidade de cartilagem costal, utilizando cartilagem conchal da orelha contralateral. Todos os pacientes foram submetidos à reconstrução de orelha e acompanhados por um ano. Foi avaliado também o índice de complicações. RESULTADOS: As classificações cirúrgicas de incisão na pele foram: 3 pacientes tipo II, 2 pacientes tipo IIIa e 4 pacientes tipo IIIb. Os tipos de maquete foram: 5 pacientes tipo I e 4 pacientes tipo III. Não houve mudanças das indicações cirúrgicas. O índice de complicações foi considerado baixo. CONCLUSÃO: A classificação cirúrgica de Firmin para reconstrução auricular demonstrou ser uma excelente ferramenta para direcionar o cirurgião plástico no planejamento terapêutico. O tipo de incisão, proposto por Firmin, a ser utilizado na correção cirúrgica tem relação com o tamanho e a localidade do remanescente auricular ou com sua ausência, e é independente da classificação clínica.INTRODUCTION: The reconstruction to correct microtias and acquired ear deformities is a defying surgery due to clinical variations and many forms of treatment. Rogers and Tanzer described the clinical classification that is the most utilized in the literature and Firmin described a surgical classification to assist the plastic surgeon in the treatment. OBJECTIVE: Demonstrate that there is no strict indications between the clinical types and types of skin incision and to present the best way to use Firmin's surgical classification. METHODS: 12 patients with congenital (microtias) or acquired (burn sequela) ear deformities were evaluated. The patients were categorized clinically and surgically by the senior author. All patients underwent reconstructive surgery and were followed up for one year. It was also evaluated the complication index. RESULTS: The clinical classification was: 3 patients as small anomaly, 4 as lobular type, 3 as conchal type and 2 patients with total defect / burn sequel. The surgical classification of skin incision was: 3 patients as type II, 2 as type IIIa and 4 as type IIIb. For the framework was: 5 patients type I and 4 patients type III. The complication index was low. CONCLUSION: The Firmin's surgical classification for ear reconstruction demonstrated to be an excellent tool to guide the plastic surgeon in the therapeutic treatment. The Firmin's types of incision utilized in the corrective surgery have a relationship with the size and location of the auricular remanent and are independent of the clinical classification.

Keywords