Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

DEFICIÊNCIA DE G6PD: IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E ABORDAGEM PELO PEDIATRA GERAL

  • MEO Castro,
  • LP Oliveira,
  • CG Fernandes,
  • MC França,
  • MEA Braga,
  • MB Carvalho,
  • JFVRC Salim,
  • ALB Pena,
  • BA Cardoso,
  • C Souza

Journal volume & issue
Vol. 46
p. S1136

Abstract

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Objetivo: Realizar uma revisão da literatura a respeito do tema de forma a abordar os principais tópicos de relevância para o Pediatra. Materiais e métodos: Revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed e Scielo, com os seguintes descritores: ”Deficiência de G6PD”; “G6PD”; “Deficiência de Glucose Fosfato Desidrogenase”. Para a análise do tema foram selecionados 17artigos, com corte temporal de 2010 a 2024, para leitura completa. Resultados: A Glucose Fosfato Desidrogenase, G6PD, é uma enzima citoplasmática responsável por proteger as hemácias de danos oxidativos, reduzindo sua suscetibilidade à hemólise. Sua deficiência é a desordem enzimática mais prevalente, afetando cerca de 400 a 500 milhões de pessoas mundialmente. O diagnóstico dessa condição se tornou mais comum a partir da incorporação da dosagem de G6PD no teste do pezinho ampliado, fato que não foi acompanhado pela maior abordagem do tema, fazendo com que a condição ainda seja desconhecida por muitos pediatras e geradora de muita angústia para as famílias. Discussão: O diagnóstico da deficiência de G6PD pode ocorrer a partir da determinação semi-quantitativa de fluorescência, atividade enzimática da G6PD ou detecção de mutações. Sabe-se que os pacientes deficientes para a enzima são, em sua maioria, assintomáticos, podendo desenvolver crises quando expostos a fatores causadores de estresse oxidativo, principalmente, medicações específicas. Os principais sintomas clínicos das crises de hemólise são icterícia neonatal, esplenomegalia e palidez cutânea. O melhor tratamento para a deficiência de G6PD é a prevenção, porém as orientações de cunho preventivo dadas às famílias ainda são falhas e demandam uma abordagem multiprofissional para redução das repercussões clínicas da enzimopatia. Conclusão: Por ser uma condição muito prevalente, pediatras têm a responsabilidade de orientação adequada às famílias para que possam evitar componentes geradores de estresse oxidativo nos pacientes, além de poderem as tranquilizarem a respeito do quadro e das suas repercussões clínicas.