Revista Portuguesa de Cardiologia (Apr 2018)

Autonomic cardiovascular control and cardiac arrhythmia in two pregnant women with hypertrophic cardiomyopathy: Insights from ICD monitoring

  • Pietro Francia,
  • Carmen Adduci,
  • Beatrice Musumeci,
  • Lorenzo Semprini,
  • Francesca Palano,
  • Luigi Zezza,
  • Massimo Volpe,
  • Camillo Autore

Journal volume & issue
Vol. 37, no. 4
pp. 351.e1 – 351.e4

Abstract

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In women with hypertrophic cardiomyopathy (HCM), pregnancy prompts major changes in hemodynamic and cardiac autonomic function that may precipitate heart failure (HF) or increase the risk of cardiac arrhythmia.We report the clinical follow-up of two patients with non-obstructive HCM implanted with a cardioverter defibrillator (ICD) allowing for continuous analysis of heart rate (HR), heart rate variability (HRV) and cardiac arrhythmia throughout the entire course of pregnancy.Both patients experienced increased HR and decreased HRV from the early stages of pregnancy, which persisted until delivery. Premature ventricular contractions (PVCs) and runs of non-sustained ventricular tachycardia (NSVT) reached a peak in the second and third trimesters, concurrent with sympathetic hyperactivity. In one patient with baseline NYHA class II HF symptoms, increased PVCs and NSVT were consistent with the deterioration of HF, supporting the decision to bring the delivery forward. While both patients experienced a persistent increase in sympathetic tone and ventricular ectopic activity, no life-threatening arrhythmias were documented.During pregnancy, patients with hypertrophic cardiomyopathy develop progressive neuroautonomic imbalance, prompting an increase in non-sustained ventricular arrhythmia. This enhanced arrhythmia burden warrants close follow-up and rhythm assessment during the third trimester, especially in women who have heart failure symptoms before pregnancy. Implantable cardioverter defibrillators provide a continuous analysis of heart rate variability and arrhythmia burden that supports therapeutic decision-making during follow-up. Resumo: Em mulheres com miocardiopatia hipertrófica, a gravidez aumenta as variações hemodinâmicas e as alterações da função autonómica cardíaca que podem provocar insuficiência cardíaca ou aumentar o risco de arritmia. Reportamos o acompanhamento clínico de duas pacientes com miocardiopatia hipertrófica não obstrutiva, ambas implantadas com cardioversor-desfibrilhador (CID). A monitoração com CID permite a análise contínua da frequência cardíaca, da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da arritmia durante toda a gravidez. As duas pacientes manifestaram aumentos da FC e diminuições da VFC desde o início da gravidez até ao parto. Observou-se um pico de frequência de extrassístoles ventriculares (EV) e de taquicardias ventriculares não sustentadas (TVNS) no segundo e terceiro trimestres da gestação, em correspondência da hiperatividade simpática. Numa das pacientes com classe funcional NYHA II, antes da gravidez, o aumento de EV e de TVNS contemporaneamente ao agravamento da insuficiência cardíaca levou à decisão de antecipar o parto. As duas pacientes demonstraram um aumento persistente da atividade simpática e da atividade ectópica ventricular, não existiram casos de arritmias ventriculares malignas. Durante a gravidez as pacientes com miocardiopatia hipertrófica desenvolvem um progressivo desequilíbrio autonómico que causa um aumento das arritmias ventriculares não sustentadas. O aumento do risco arrítmico necessita de um constante e frequente controle clínico e do ritmo cardíaco durante o terceiro trimestre, especialmente em mulheres com sintomas de insuficiência cardíaca antes da gravidez. O cardioversor-desfibrilhador implantável fornece uma análise continua da variabilidade da frequência cardíaca e das arritmias que podem apoiar as decisões terapêuticas durante a gravidez. Keywords: Hypertrophic cardiomyopathy, Pregnancy, Implantable cardioverter defibrillator, Heart rate variability, Ventricular arrhythmia, Palavras-chave: Miocardiopatia hipertrófica, Gravidez, Cardioversor-desfibrilhador implantável, Variabilidade da frequência cardíaca, Arritmia ventricular