Revista Geographia (Apr 2021)
VIABILIDADE DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ/MG. É POSSÍVEL?
Abstract
O orçamento destinado pelo Governo Federal ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio para que o mesmo faça a gestão das mais de 300 Unidades de Conservação (UC) Federais não é suficiente para uma excelência gerencial de tais áreas, o que tem imposto desafios crescentes para a sustentabilidade socio-econômico-ambiental das áreas protegidas. Uma das estratégias adotadas pelo ICMBio perante o desafio de gerir as UCs é a concessão de serviços turísticos em Unidades de Conservação para a iniciativa privada. Por outro lado, a atividade turística tem no espaço geográfico seu objeto de consumo, sendo que para que a mesma ocorra faz-se a apropriação dos territórios e redes, situação que, se não bem planejada, pode levar a uma ótica que privilegia classes mais abastadas em detrimento do local, que fica com o ônus social, ambiental e financeiro. Apesar dos estudos disponíveis na literatura demonstrarem a importância do Turismo de Base Comunitária - TBC enquanto justiça ambiental, percebe-se a escassez de dados sobre o viés da sustentabilidade econômica de tais iniciativas. O artigo buscou, através de um estudo de caso, apresentar dados que demonstram a viabilidade econômica do TBC, de forma a enriquecer o debate sobre esta possibilidade de arranjo gerencial.
Keywords