Revista CEFAC (Jan 2008)

Ocorrência de erros ortográficos em caso de paralisia cerebral Occurrence of orthographic mistakes in case of cerebral pals

  • Stella Maris Cortez Bacha

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-18462008000300004
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 3
pp. 293 – 302

Abstract

Read online

TEMA: conhecimento dos erros ortográficos em caso de paralisia cerebral. PROCEDIMENTOS: estudar um caso de paciente da clínica fonoaudiológica, com diplegia, componente espástico em membros inferiores, hipotonia de base em tronco e face; possivelmente há lesão vestibular e de base de cerebelo justificando um comprometimento maior nos membros inferiores, sendo ainda observado déficit de equilíbrio e atenção. As provas de Zorzi (1998) foram aplicadas pela fonoaudióloga e compararam-se os achados também com os de Bacha & Maia (2001), cujos trabalhos dirigiam-se a educandos sem paralisia cerebral. RESULTADOS: nas cinco provas analisaram-se 126 erros ortográficos: a maioria, 52,4%, na categoria representações múltiplas, coincidindo com os casos sem paralisia cerebral; seguiu-se a categoria omissões (12,7%), generalização (11,1%), letras parecidas (6,3%), apoio na oralidade, junção-separação e confusão "am" x "ao" com 3,2%, acréscimo de letras (1,6%), trocas surdas-sonoras (0,8%), sem erros de inversão e 5,5% classificados na opção "outras". A aplicação da função discriminante permitiu reclassificar o caso na primeira série (2º ano). CONCLUSÃO: encontrou-se classificação de erros ortográficos diferentes das previstas nos casos sem paralisia cerebral, quantidade elevada para ano escolar e considera-se necessário mais estudo em população semelhante.BACKGROUND: knowledgement of the orthografhic mistakes in case of cerebral palsy. PROCEDURE: to study a case of a patient with diplegia, spastic component in inferior members, hypotony of base in trunk and face; as it possible has vestibular and cerebellum base injury, the problem is bigger in the inferior members, being still observed deficit of balance and attention. The tests of Zorzi (1998) had been applied and had also been compared with the Bacha & Maia (2001) ones, whose data were directed to students without cerebral palsy. RESULTS: in the five tests, 126 orthographic mistakes had been analyzed: the majority, 52.4%, in the multiple representations category, matching the cases without PC; followed by omissions (12.7%), generalization (11.1%), similar letters (6.3%), support in orality, junction-separation and am x ão confusion with 3.2%, addition of letters (1.6%), de-voicing-voicing (0.8%), with no inversion mistake and 5.5% classified as "others". The application of the discriminant function allowed to reclassify the case in the e,emtary education (2nd year). CONCLUSION: different classification of the orthographic mistakes was found when compared with the cases without cerebral palsy, a high amount for the school year and more studies are being considered necessary in similar population.

Keywords