Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Mar 2019)
Análise das prescrições medicamentosas em uma maternidade de Belo Horizonte e classificação de riscos na gestação e amamentação
Abstract
Objetivo: Analisar os medicamentos prescritos em uma maternidade e classificá-los de acordo com os riscos na gestação e amamentação. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo em um hospital de ensino de Minas Gerais no qual foram analisados todos os medicamentos sólidos orais, líquidos orais e injetáveis dispensados na maternidade no período de 1º de agosto a 31 de dezembro de 2010. Os dados foram importados para uma planilha do sistema Microsoft Excel. Os medicamentos foram compilados por princípio ativo e classe farmacológica segundo o sistema Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) e, posteriormente, os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva. O trabalho foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram dispensados 134 princípios ativos (PA) e 33.693 itens. Os vinte PA mais consumidos corresponderam a 89% do total analisado, sendo a escopolamina o PA mais consumido (47%). A classe farmacológica de antiespasmódicos foi a mais prescrita (56%). Quanto à restrição do uso de medicamentos no período da gestação, dentre os 20 PA mais prescritos, 50% enquadraram-se na classe C, e 40% na classe B. Conclusão: A maioria dos medicamentos utilizados na maternidade apresenta riscos admissíveis em relação ao uso na gestação e amamentação, o que contribui para a menor ocorrência de reações adversas e prevenção do desmame. As classes farmacológicas mais utilizadas condizem com o perfil da maternidade.