Ciência Rural (Apr 2000)
Crescimento de plântulas de Adesmia spp. submetidas a doses de alumínio em solução nutritiva Growth of Adesmia spp. seedlings submitted to aluminum doses in nutritive solution
Abstract
O gênero Adesmia DC. possui várias espécies de leguminosas nativas do Sul do Brasil, algumas dessas apresentando um grande potencial forrageiro. Dentre os vários fatores a serem avaliados nessas espécies, está a tolerância ao alumínio, uma vez que grande parte dos solos dessa região são ácidos, possuindo altos teores desse elemento. Neste trabalho, uma população de A. latifolia e uma população de A. tristis foram submetidas a cinco doses de alumínio (0; 0,15; 0,45; 0,75 e 1,5mg l), em solução nutritiva contendo apenas cálcio (25mg l) e foram avaliadas quanto à massa e ao comprimento de raízes. Ao final de 13 dias de cultivo, foi observado que ambas as espécies sofreram inibição na emissão de raízes secundárias, sendo que A. tristis evidenciou sintomas de toxidez do alumínio, demonstrando engrossamento e tortuosidade da raiz principal em relação a A. latifolia. Houve efeito significativo para o fator espécie, para o comprimento e massa de raiz, e interação significativa de espécie-alumínio para a taxa de crescimento relativo da raiz (TCR), indicando resposta diferencial das duas espécies às doses de alumínio. A. latifolia não apresentou decréscimo significativo na TCR, sugerindo tolerância para as doses testadas, enquanto A. tristis foi sensível, diminuindo o alongamento radicular.Among the several native legume species found in the Southern part of Brazil, one of the most important is the genus Adesmia DC., which has several species with a great potential as forage plants. Among the several factors to be studied in these species, the aluminum tolerance is one particularly important because the soils from this region are acid with high levels of aluminum. In this paper it is reported the response of A. latifolia and A. tristis to five aluminum doses in nutritive solution (0; 0,15; 0,45; 0,75 and 0,75mg l) containing only calcium (25mg l). The aluminum tolerance was assessed by measuring the roots weight and length after 13 days of growth in the solution. At the end of this time, it was observed that both species showed an inhibition in secondary roots development, with A. tristis having symptoms of aluminum toxicity, showing roots stubbier than A. latifolia. There was a significant effect for the species factor over root length and dry matter and also a significant effect upon the species-aluminum interaction to the relative root growth (RRG), pointing out the differential response presented by both species. A. latifolia did not show a significant decrease in the RRG, pointing out to the tolerance to the aluminum levels used. A. tristis was more sensitive, with a significant decrease in the root elongation.
Keywords