O retrato da epidemia de meningite em 1971 e 1974 nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo
Catarina Menezes Schneider,
Michele Tavares,
Christina Musse
Affiliations
Catarina Menezes Schneider
Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Comunicação Social, Programa de Pós-graduação em Comunicação e Sociedade. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.
Michele Tavares
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Christina Musse
Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Comunicação Social, Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.
Este artigo apresenta um recorte analítico acerca da cobertura dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo sobre a epidemia de meningite que eclodiu em 1971, e atingiu seu ápice em 1974. Essa epidemia surge na época em que o Brasil vivia sob o regime ditatorial e se encontrava no pior período, conhecido como “anos de chumbo” (1968- 1972). Do ponto de vista teórico, desenvolvemos uma discussão sobre a evolução dos conceitos de “saúde”, “doença” e “epidemias”, além de fazer um breve histórico da epidemia de meningite na época. A partir da análise dos jornais, verifica-se como a doença foi comunicada e também se observa como no início ela quase não era divulgada, tendo um salto do número de publicações e uma grande exposição pelos meios de comunicação a partir de 1974.