Anuário do Instituto de Geociências (Apr 2018)

Erodibilidade de Solos em Taludes de Corte de Estrada Não Pavimentada

  • Danielle Lima Soares,
  • Helena Polivanov,
  • Emílio Velloso Barroso,
  • Laura Maria Goretti da Motta,
  • Cristiano Camacho de Souza

DOI
https://doi.org/10.11137/2018_1_179_193
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 1
pp. 179 – 193

Abstract

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Estradas não pavimentadas possuem grande importância para uma parcela significativa da população brasileira, pois permitem o acesso da população rural à educação e à saúde, realizam as conexões entre as áreas rurais e os centros urbanos e é através delas que se escoam as produções agrícolas. Apesar da importância social e econômica dessas estradas, é possível observar a abertura das mesmas, sem estudos prévios adequados, com relação à erosão hídrica e à estabilidade dos solos presentes nos taludes de corte. Este fato resulta em prejuízos econômicos oriundos da restauração das vias e das interrupções ocasionadas por instabilidades dos taludes de corte. O propósito desta pesquisa é avaliar a erodibilidade de solos em taludes de estradas vicinais da cidade de Bom Jardim, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, tendo em conta os processos erosivos já instalados, a vocação agrícola do município e a grande extensão da malha viária não pavimentada. O método de trabalho teve início com o levantamento de campo, de taludes de estradas com evidentes sinais de erosão, em uma microbacia subordinada ao Rio Grande. Após a descrição de campo das feições erosivas e dos perfis de solo presentes nestes taludes, coletaram-se os diversos horizontes para posterior caracterização física e mineralógica em laboratório. Avaliou-se a erodibilidade de cada horizonte de solo com base nos resultados das observações de campo, através dos índices de erodibilidade e dos Ensaios Inderbitzen Modificado, conduzidos considerando-se os declives médios regionais e regime de chuva intensa em simulador especialmente construído para este fim. Os resultados apontam para a maior erodibilidade dos horizontes C em relação aos demais horizontes do ARGISSOLO e LATOSSOLO estudados. Este fato explica o principal processo de instabilidade observado, erosão da base do talude e queda dos horizontes superiores. Conclui-se que os taludes de corte na região devem ser executados evitando-se a exposição do horizonte C ou da rocha alterada e, quando isto não for possível, é necessária adoção de medidas que evitem a erosão hídrica

Keywords