Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)

PERFIL DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL NOSSA SENHORA DE NAZARETH NO ANO DE 2019 – BOA VISTA (RR)

  • LCA Holanda,
  • IG Fortes,
  • NEA Rodrigues,
  • LKS Silva,
  • RCRM Alho

Journal volume & issue
Vol. 43
p. S379

Abstract

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Introdução: Podemos definir a reação transfusional como um resultado ou resposta não desejável que ocorra a um indivíduo durante ou após a administração de sangue ou hemoderivado. Objetivos: Caracterizar o perfil de reações transfusionais do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) no ano 2019. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, descritivo. Foi realizado levantamento das ocorrências de reações transfusionais no ano de 2019 no serviço transfusional do HMINSN. Verificou-se o tipo de reação, bloco do hospital, hemocomponente envolvido, tipo sanguíneo do paciente e faixa etária. As informações foram tratadas em planilhas do programa Microsoft Office Excel 2016 para análise de frequência. Resultados e discussão: Em 2019 foram realizadas um total de 2.655 transfusões no HMINSN. Verificou-se que ocorreram 20 (0,75%) reações transfusionais, sendo 08 (40%) do tipo alérgica, 07 (35%) febril não hemolítica, 03 (15%) sobrecarga volêmica e 02 (10%). As reações transfusionais ficaram distribuídas entre os blocos: Margaridas 06 (30%) pré e pós cirúrgico, Rosas 07 (35%) alojamento conjunto, Girassóis – alto risco 04 (20%), Violetas – Centro Cirúrgico 01 (5%), Pedras Preciosas 01 (5%) UTI neonatal e Orquídeas – centro obstétrico 01 (5%). Os hemocomponentes envolvidos nas reações foram o concentrado de hemácias 19 (95%) e plasma fresco congelado 01 (5%). Os tipos sanguíneos mais frequentes dos pacientes foram O+ 15 (70%), A+ 4 (20%), B+ 01 (5%) e O negativo 01 (5%). A faixa etária predominante variou entre 21–35 anos 10 (50%), 06 (30%) tinham mais que 36 anos e 04 (20%) tinham menos de 21 anos. Todas as reações foram notificadas no Sistema NOTIVISA. Conclusão: É fundamental o conhecimento sobre as alterações de sinais e sintomas durante ou após o uso de hemocomponentes, que possam indicar uma reação transfusional e o domínio de conhecimento sobre como agir frente a uma situação dessa, o mais breve possível. Sobre este tema, a ideia de uso racional de sangue, vem sendo bastante difundida, para evitar esses eventos indesejáveis aos pacientes. Em casos não urgentes, por exemplo, sugere-se que outras medidas possam ser adotadas, colaborando com a diminuição de exposição a riscos de reações transfusionais e que também visam com a redução de gastos públicos.