Brazilian Journal of Biology (Aug 2007)

Total-Hg and organic-Hg in Cephalopholis fulva (Linnaeus, 1758) from inshore and offshore waters of NE Brazil Mercúrio total e mercúrio orgânico em Cephalopholis fulva (Linnaeus, 1758) em águas costeiras e mar aberto no nordeste do Brasil

  • LD. Lacerda,
  • JA. Santos,
  • RC. Campos,
  • RA. Gonçalves,
  • R. Salles

DOI
https://doi.org/10.1590/S1519-69842007000300014
Journal volume & issue
Vol. 67, no. 3
pp. 493 – 498

Abstract

Read online

To investigate whether source proximity or bioavailability is the major factor controlling both Hg concentration and Hg speciation in marine fishes, total- and organic-Hg content in muscle and liver tissues from different populations of Cephalopholis fulva (piraúna) from inshore and offshore waters of the Brazilian northeastern coast were analyzed. Average total-Hg in muscle (104 ng.g-1 w.w.) and liver (2,865 ng.g-1 w.w.) tissues, as well as organic-Hg concentrations in muscle (169 ng.g-1 w.w.) and liver (1,038 ng.g-1 w.w.), were much higher in the offshore population of C. fulva than in the inshore ones. In the inshore population total-Hg and organic-Hg average concentrations in muscle tissue were similar and reached only 49 ng.g-1 w.w., while in liver they reached 412 ng.g-1 w.w. for total-Hg and 180 ng.g-1 w.w., for organic-Hg. Concentrations of both Hg species in the two populations were higher in liver than in muscle. The average percentage contribution of organic-Hg to the total Hg content was higher in muscle (98-100%) than in liver (42-53%), but similar between the two populations. Total-Hg and organic-Hg concentrations in muscle and liver from the offshore population showed significant (P As concentrações de Hg-total e Hg-orgânico foram determinadas em diferentes populações de Cephalopholis fulva (piraúna) capturadas em águas costeiras e em bancos oceânicos do litoral nordeste do Brasil. A comparação entre as duas populações permitiu investigar o efeito da proximidade de fontes sobre as concentrações, e a especiação de Hg em músculo e fígado desta espécie. As concentrações médias de Hg-total em músculo (104 ng.g-1 w.w.) e fígado (2,865 ng.g-1 w.w.), assim como as concentrações de Hg-orgânico em músculo (169 ng.g-1 w.w.) e fígado (1,038 ng.g¹ w.w.) foram muito maiores na população capturada nos bancos oceânicos do que na população costeira. Nesta, as concentrações médias de Hg-total e Hg-orgânico na musculatura de C. fulva foram similares e baixas (49 ng.g-1 w.w.), enquanto que atingiram 412 ng.g-1 w.w. de Hg-total e 180 ng.g-1 w.w. de Hg-orgânico no fígado destes animais. As concentrações das duas espécies de Hg foram significativamente maiores no fígado do que na musculatura. A contribuição percentual média de Hg-orgânico para a concentração total de Hg nos peixes foi maior para músculo (98-100 %) que para fígado (42-53 %), mas semelhante entre as duas populações. As concentrações de Hg-total e Hg-orgânico na musculatura e no fígado de C. fulva mostraram-se positivamente correlacionadas com o tamanho do animal (P < 0,05). Entretanto, na população costeira somente as concentrações destas espécies de Hg na musculatura apresentaram correlações significativas com o tamanho do animal. Embora o ambiente costeiro seja relativamente enriquecido em Hg, em relação aos bancos oceânicos, as maiores concentrações de Hg foram verificadas na população oceânica de C. fulva. A correlação significativa entre Hg-orgânico no fígado e tamanho do animal no fígado sugerem uma maior biodisponibilidade do Hg em águas oceânicas quando comparada às águas costeiras.

Keywords