Matraga (Apr 2017)

Crenças e atitudes linguísticas quanto ao uso dos pronomes 'nós' e 'a gente' na cidade de Maceió/AL

  • Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório

DOI
https://doi.org/10.12957/matraga.2017.26878
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 40

Abstract

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Tendo em vista que a maneira como se avaliam as formas linguísticas – positiva ou negativamente – pode acelerar ou barrar uma mudança na língua, focalizamos, neste trabalho, o problema de avaliação linguística (LABOV, 1972), com o intuito de mensurar as normas subjetivas dos falantes maceioenses em relação à alternância pronominal nós e a gente e à concordância verbal relacionada a essas formas pronominais. Para tanto, recorremos aos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança Linguística (LABOV, 1972) e utilizamos uma amostra constituída de 52 entrevistas de falantes maceioenses. De acordo com os dados analisados, verificamos que, em relação à alternância pronominal, as crenças e atitudes linguísticas dos falantes não coadunam com o comportamento linguístico da comunidade, sugerindo que tal alternância é um fenômeno linguístico do tipo marcador, e, no que diz respeito à concordância verbal, verificamos que as crenças e atitudes linguísticas dos falantes caminham na mesma direção do comportamento linguístico da comunidade, sugerindo que tanto a concordância com nós quanto a concordância com a gente são fenômenos do tipo estereótipo, com uma aceitação maior do uso da variante nós + 3PS. --- DOI: http:/dx.doi.org/10.12957/matraga.2017.26878

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