Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Oct 1984)

Registro de um caso de paracoccidioidomicose no Japão Paracoccidioidomycosis in Japan report of a case

  • Taishiro Chikamori,
  • Satoshi Saka,
  • Hiroshi Nagano,
  • Shigeru Saeki,
  • Carlos da Silva Lacaz,
  • Maria Conceição Rodrigues,
  • Cintia Marzagão Cassaguerra,
  • Maria Luisa Braccialli

Journal volume & issue
Vol. 26, no. 5
pp. 267 – 271

Abstract

Read online

Os Autores descrevem um caso de paracoccidioidomicose em Tóquio, o segundo observado no Japão. A paciente residiu cerca de cinco anos na zona urbana de São Paulo, onde provavelmente adquiriu a primo-infecção. Não tomou corticóides, nem teve história de outras afecções que justificassem a paracoccidioidomicose. Após três anos do retorno ao Japão apresentou linfadenopatia, comprometimento hepatesplênico e ausência de lesões pulmonares. O presente caso, com exame histopatoló-gico e cultivo positivos para Paracoccidioides brasiliensis também apresentou quadro soroló-gico compatível. O aspecto blástico das lesões ósseas, raro em arcos costáis nesta micose, bem como a linfadenopatia generalizada são discutidos. Tratamento à base de anfotericina B e ketoconazol ofereceu resultados favoráveis. Neste trabalho os Autores discutem o problema de "patologia de importação", com suas implicações.The Authors report a non-autochthonous case of paracoccidioidomycosis in Tokyo, the second related in Japan. The patient lived for nearly five years in the urban area of São Paulo, where probably she acquired the primary infection. There was no history of corticoid therapy or other diseases that could explain paracoccidioidomycosis. Three years after her return to Japan, she presented lymphadenopathy, hepatosplenic involvement and absence of pulmonary lesions. The present case, with histopathological examination and culture positive to Paracoccidioides brasiliensis also showed compatible serological results. The blastic feature of bone lesions, rare in ribs in this mycosis, as well as the generalized lymphadenopathy are discussed. Treatment with amphotericin B and ketoconazole offered good results. In this paper the Authors discuss the problem of the "pathology of importation" with its implications.