Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)

EXPANDINDO A ANÁLISE DA DOENÇA RESIDUAL MENSURÁVEL: EXPLORANDO O PAPEL DE CD73 NAS CÉLULAS B NA LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA

  • SKE Silva,
  • CK Dias,
  • MFGM Fernandes,
  • VBS Nunes,
  • MG Farias,
  • PP Silva,
  • AA Paz,
  • LE Daudt,
  • MB Michalowski,
  • F Figueiró

Journal volume & issue
Vol. 45
p. S143

Abstract

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Quando o câncer é identificado, ele pode já consistir de uma variedade de fenótipos e tipos diferentes de células, que podem influenciar no desenvolvimento, invasão e metástases. A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é caracterizada pela rápida proliferação de células linfoides imaturas, sendo o subtipo B o mais comum. A avaliação da Doença Residual Mensurável (DRM) desempenha um papel preditivo no monitoramento do tratamento e prognóstico do paciente. O objetivo deste estudo foi explorar se a expressão de CD73 nas células B poderia servir como um promissor indicador prognóstico durante as avaliações de DRM em pacientes com leucemia linfoblástica aguda de células B (LLA-B). Neste estudo retrospectivo foram analisados dados de citometria de fluxo de 43 pacientes diagnosticados e acompanhados com LLA-B no Serviço de Diagnóstico Laboratorial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 2018 a 2022 nos dias D15, D30 e D45+ após o início do tratamento. A análise das DRMs mostra que os linfócitos representam a maior população celular (27,69% ±2,77%), nos quais curiosamente observou-se uma diminuição nas células B entre D15/D45+ (p = 0,0061) ao mesmo tempo que um crescimento de células T no mesmo período (p = 0,0243). A diminuição da expressão de CD73+ nas células B (p = 0.0103) durante as avaliações de DRM pode estar associada a uma potencial resposta positiva ao tratamento e a um prognóstico melhor, sugerindo que o monitoramento da expressão de CD73 pode ajudar a prever a resposta ao tratamento e orientar decisões terapêuticas como mudança no alocamento dos pacientes. Além disso, foi observada uma reversão na porcentagem de células T/NK e células B durante o curso das avaliações de DRM, indicando prováveis mudanças na composição celular durante o tratamento e sugerindo dinâmicas de resposta imunológica que podem ser úteis na avaliação da resposta ao tratamento. Adicionalmente, a MFI de CD73 nas células B diminuiu durante as avaliações de DRM (p = 0.0003), principalmente em D15D45+ (p = 0.0002) e D30D45+ (p = 0.0284), reforçando ainda mais o potencial da CD73 como um indicador prognóstico. Esses resultados enfatizam a importância de considerar a dinâmica das células imunológicas no contexto da LLA-B. Em conclusão, os resultados fornecem insights promissores para melhorar a abordagem terapêutica e o manejo clínico dos pacientes com LLA-B, potencialmente aprimorando os resultados e a qualidade de vida dos pacientes por meio de uma análise mais profunda da expressão de CD73 nas avaliações de DRM.