Prâksis (Jan 2015)

A TERRITORIALIDADE E A LUSOFONIA NA CRIAÇÃO LITERÁRIA DE AGOSTINHO NETO E ANTÓNIO JACINTO

  • Luís Fernando da Rosa Marozo,
  • Yanna Karlla Gontijo

DOI
https://doi.org/10.25112/rp.v1i0.798
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 0
pp. 39 – 46

Abstract

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Agostinho Neto e António Jacinto, ambos angolanos, utilizaram-se da criação literária como instrumento de conscientização cultural. Seus poemas denunciam a opressão econômica, política e social que sofre a antiga colônia portuguesa e revelam a necessidade de desenvolvimento de uma consciência crítica. Essa consciência, entretanto, para Agostinho não se restringe apenas ao espaço Angolano, mas sim à África e às Américas, onde estão seus “irmãos de cor” e de sofrimento; enquanto António Jacinto busca o elemento de identificação nacional em relação à natureza física. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo refletir sobre a ideia de angolanidade, na produção dos escritores Agostinho Neto e António Jacinto tendo o uso da língua portuguesa como instrumento de diferentes estratégias para a representação das identidades póscolonial, pois enquanto o primeiro utiliza o português sem o acréscimo de vocábulos regionais, o segundo procura inserir em sua poesia termos que remetam a dialetos locais. Palavras-chave: Angolonidade. Língua portuguesa. Agostinho Neto. António Jacinto.