Ilha do Desterro (Apr 2008)

Um mundo metafísico nos trópicos

  • Else Ribeiro Pires Vieira

Journal volume & issue
Vol. 0, no. 34
pp. 053 – 075

Abstract

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A fonte torna-se a estrela inatingível e pura que, sem se deixar contaminar, contamina, brilha para os artistas dos países da América Latina... ilumina os movimentos das mãos, mas ao mesmo tempo torna os artistas súditos do seu magnetismo superior.. Silviano Santiago, Uma literatura nos trópicos Afastando-me do discurso crítico em torno das influências e do caráter tributário a ele inerente, sobre o qual nos adverte Santiago já em ensaio de 1971,1 afastando-me, igualmente, de Polarizações hierarquizadas como fonte/alvo, situando-me na fronteira fluida do transformar de escritas/reescritas e nela privilegiando áreas de permeabilidade entre os discursos e o seu jogo relacional, ofereço, neste texto, reflexões em torno da poesia metafísica inglesa traduzida entre 1978 e 1991 na sua interseção com outras produções textuais brasileiras no período de início da abertura política, gestação e nascimento da Nova República2 . Traduzir a Inglaterra, ler o Brasil. O que se traduz? Quem se traduz? Por que se traduz? Como se traduz?

Keywords