OuvirOUver (Oct 2009)

NUEVOS MODOS DE INTERCAMBIO SOCIAL: LAS GESTIONES ARTaSTICAS COLABORATIVAS

  • Alicia Romero

Journal volume & issue
Vol. 0, no. 5

Abstract

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Este trabalho inscreve-se dentro de um conjunto de iniciativas de pesquisa que toma por objeto as Artes Comunitárias, Coletivas e Participativas. Levadas a cabo no quadro do Progra- ma Científico da Secretaria de Ciência e Técnica da Universidade de Buenos Aires e no Programa de Incentivos a Docentes-Investigadores da Secretaria de Investigação e Pós-Gra- duação do Instituto Universitário Nacional de Arte, foram realizadas por equipes multidisciplinares e, com relação aos aspectos teórico-metodológicos, foram feitas a partir de uma perspectiva estético-semiótico. Nossas indagações se sustentam pela crença de que estas artes operam dispositivos relacionais existentes na sociedade, uma vez que processam novas modalidades de intercâmbio social. A relevância destas afirmações se dá sob a luz de um crescente protagonismo da sociedade civil na atual etapa da democracia na Argentina e América Latina, enquanto que as artes em geral abastece a criação de novos sentidos comuns do social e comunitário gerando modelos imaginários alternativos. E as artes mencionadas os operam, na dimensão do sensível colaborativo. Nesta direção, estamos elaborando um ciclo sobre teatro que se desenvolverá no Centro Cultural Ricardo Rojas da Universidade de Buenos Aires, durante outubro e novembro de 2008. Sua meta é compartilhar com a comunidade artística e, particularmente teatral, um número de montagens alinhadas com as atuais dramaturgias e outras práticas artísticas con- temporâneas de nosso país. Casos de criadores que como Bertolt Brecht, Tadeusz Kantor, Pina Bausch, entre outros, formam parte hoje das condições de produção e reconhecimento do acontecimento teatral. O propósito da presente colocação é oferecer ao debate os alcances de um destes casos. Trata-se do Theatre du Soleil, uma gestão artística que se tornou modelar e que, depois de quarenta e quatro anos de existência, apresenta possibilidades interessantes de retomada. Alguns de nossos artistas reconhecem no empreendimento liderado por Ariane Mnouchkine e nas temáticas que costuma explorar – o exílio, o genocídio, os refugiados, pequenas experiên- cias cotidianas, etc. – um reservatório para a prática de experiências criativas de caráter coletivo ligadas a uma ética particular: a da própria vida em comunidade.