Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Jun 2003)
Off-pump coronary artery bypass surgery in left main coronary artery disease: the last frontier? Revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea em lesão de tronco da artéria coronária esquerda: a última fronteira?
Abstract
OBJECTIVE: Our aim is to demonstrate the possibility of applying the alternative tactic of off-pump coronary artery bypass surgery to left main coronary artery disease and to assess the long-term results over a 5-year follow-up period. METHODS: Among 210 subjects submitted to off-pump coronary artery bypass, 119 (56.7%) were male. Their ages ranged from 32 to 81 years with a mean age of 59.7. A left coronary artery branch lesion of at least 70% was demonstrated in 48 (22.8%) of the individuals and a right coronary lesion was associated in 10 (20.8%) of the cases. RESULTS: A breakdown of the number of grafts per patient was: 2 for 52.1%, 3 for 43.5% and 4 for 4.4% of the surgeries. All of the patients were extubated in the intensive care unit after a 6-hour stay. No left ventricular dysfunction was evidenced after a seven-day total hospitalization period. One death, due to cardiac problems, occurred after one month. Follow-up with clinical cardiac evaluation was total until 60 months with a survival rate at 5 years of 96.0% ± 3.9%. CONCLUSION: In left main coronary artery disease, which is feared by cardiac surgeons, we believe that the technique of off-pump coronary artery bypass could be very useful. If the patients are hemodynamically stable and undergo an elective operation, the operative period can be passed in a safe and tranquil manner.OBJETIVO: Demonstrar a possibilidade de aplicar alternativa técnica e tática operatória na lesão do tronco da artéria coronária esquerda com avaliação dos resultados tardios, aos cinco anos de observação. MÉTODO: Entre julho de 1998 a março de 2002, 210 pacientes foram submetidos a revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea (CEC), sendo 119 (56,7%) do gênero masculino. As idades variaram entre 32 e 81 anos, com média de 59,7 anos e desvio padrão de 10,5 anos. A lesão no tronco da artéria coronária esquerda esteve presente em 48 (22,8%) pacientes, levando em conta graus de lesões acima de 70% e a lesão em artéria coronária direita esteve associada em 10 (20,8%) casos. Todos pacientes apresentavam fração de ejeção acima de 40% no ecocardiograma pré-operatório. RESULTADOS: A estratificação do número de enxertos por paciente foi: 2 enxertos (52,1%); 3 enxertos (43,5%) e 4 enxertos (4,4%). Não ocorreu infarto agudo do miocárdo peri-operatório, fibrilação ventricular ou óbito no transoperatório. O seguimento foi de 100% até 60 meses com avaliação clínica cardiológica, ocorreu apenas 1 óbito de causa cardíaca após 1 mês de seguimento. A taxa sobrevivência aos 5 anos de seguimento foi de 96,0±3,9%. CONCLUSÕES: Nas lesões do tronco da artéria coronária esquerda, temidas pelos cirurgiões cardíacos, acreditamos que a técnica e a tática sem uso da CEC podem ser úteis, uma vez que os pacientes estejam com estabilidade hemodinâmica.
Keywords