Biota Amazônia (Sep 2015)

ANÁLISE DE CENÁRIOS HIDROSSEDIMENTOMÉTRICOS PARA ESTIMAR TAXAS DE ASSOREAMENTO E VIDA ÚTIL DO RESERVATÓRIO DA UHE CACHOEIRA CALDEIRÃO NO RIO ARAGUARI/AP-BRASIL;

  • Eldo Silva dos Santos,
  • Alan Cavalcanti da Cunha

DOI
https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v5n3p88-97
Journal volume & issue
Vol. 5, no. 3
pp. 88 – 97

Abstract

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Durante a construção de barragens ocorrem problemas na dinâmica hidrosedimentométrica e no nível de assoreamento que devem ser considerados porque afetam diretamente a vida útil do reservatório. Este estudo avaliou três cenários hidrossedimentométricos na Bacia do Rio Araguari sob impacto do futuro reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Cachoeira Caldeirão. O cenário 1 considerou a manutenção das condições atuais do uso e ocupação do solo, com uma baixa carga de sedimentos (2,01.108 kg/ano). O cenário 2 considerou aumento de 0,7% para 3% ao ano na taxa de produção de hidrossedimentos. E no cenário 3, a descarga sólida foi aumentada em 30 vezes em relação ao primeiro cenário. Os cenários foram analisados a partir da visão estratégica da dinâmica do uso e ocupação do solo na bacia (IEPA/ZEE, 2008). Os modelos de Borland e Miller foram utilizados para avaliar o nível de assoreamento e o de Lara e Pemberton para calcular o peso específico aparente das cargas (gap). O cenário 1 indicou a manutenção das condições atuais de conservação da bacia, com baixo nível de assoreamento do reservatório nos próximos 200 anos. No cenário 2 as alterações tornaram-se relevantes a partir dos próximos 100 anos. No cenário 3 a deterioração do nível útil do reservatório começa a ocorrer em 50 anos, com perda de 67% do seu volume útil inicial. Concluiu-se que a futura dinâmica hidrossedimentométrica dependerá dos serviços ambientais prestados pelas áreas de conservação e do entorno a montante da UHE Cachoeira Caldeirão para garantir a atual qualidade hidrossedimentométrica na bacia. Palavras-chave: bacia hidrográfica, sedimentação, modelagem ambiental, vulnerabilidade. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v5n3p88-97