Jornal de Pediatria (Jun 2001)
Indicadores Materno-infantis na adolescência e juventude: sociodemográfico, pré-natal, parto e nascidos-vivos Maternal-infantile indicators in adolescence and youth: socio-demographic, prenatal, delivery and newborns
Abstract
OBJETIVO: conhecer características e associações entre idade materna e aspectos da gestação, parto e nascidos vivos de adolescentes e adultas jovens em Feira de Santana, Bahia. MÉTODOS: Estudo epidemiológico de corte transversal com nascidos vivos e mães adolescentes (10-16 e 17-19 anos) e adultas jovens (20-24 anos), através do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC-1998), totalizando 5.279 nascimentos. As variáveis foram classificadas em sociodemográficas (idade, escolaridade e sexo do recém-nascido) e relacionadas a gestação, parto e condições dos recém-nascidos. Os dados foram processados usando a razão de prevalência e a análise multivariada. A regressão logística foi usada para controlar fatores confundidores (pré-natal e idade gestacional) e associar idade materna e peso de nascimento. RESULTADOS: Em 1998, 21,6% dos nascidos vivos no município foram filhos de adolescentes; a escolaridade de 51,2% das mães era 1o grau incompleto; a razão de prevalência e a razão de risco ajustada apontaram maior prevalência de analfabetismo, não realização do pré-natal, peso insuficiente ao nascer e menor prevalência de peso adequado, na faixa de 10 a 16 anos, comparada às demais faixas estudadas. A regressão logística mostrou associação positiva entre idade materna e peso insuficiente, bem como associação negativa com peso adequado ao nascer. Verificou-se significativa falta de registros em alguns itens do SINASC. CONCLUSÕES: Os resultados apontaram entre adolescentes alta prevalência de nascidos vivos e baixo nível de escolaridade, além do risco aumentado para analfabetismo, não realização de pré-natal, baixo peso e peso insuficiente do RN, principalmente na faixa de 10 a 16 anos, em comparação com as outras faixas estudadas.OBJECTIVE: to identify characteristics and associations between maternal age and gestation, delivery, and livebirths of adolescent and young adult mothers in the city of Feira de Santana, state of Bahia, Brazil. METHODS: we carried out a cross-sectional, epidemiological study with a population of livebirths and adolescent mothers (aged 10-16 and 17-19 years) and young adult mothers (aged 20-24 years). The information were obtained from the Livebirths Information System (SINASC-1998) for a total of 5,279 livebirths. Study variables were classified into socio-demographic factors (age, schooling of the mother, sex of the newborn) and related to term, delivery, gestational age, birth weight, and Apgar score. Data were processed using prevalence ratio and multivariate analysis. Logistic regression was used to control confounding factors (prenatal and gestational age) and to establish an association between maternal age and birth weight. RESULTS: in 1998, 21.6% of all livebirths in the city of Feira de Santana were from adolescent mothers; out of these mothers, 51.2% had not finished junior high or elementary school. Prevalence ratio and adjusted odds ratio for the 10-16 years of age group indicated increased prevalence of illiteracy, no prenatal examination, and low birth weight and a low prevalence of adequate weight of the newborn in comparison to other age groups studied. Logistic regression showed a positive association between maternal age and low birth weight. We also observed that the SINASC database lacked information in many different fields. CONCLUSIONS: our results indicated, for adolescent mothers, a high prevalence of livebirths and low schooling. Also, especially for the 10-16 years of age group, we observed increased risks for illiteracy, no prenatal examinations, low birth weight, and inadequate weight of the newborn in comparison to other age groups.
Keywords