ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (Jun 2009)

Apendicite aguda: análise institucional no manejo peri-operatório Acute appendicitis: institutional evaluation in the peri-operative managment

  • Orli Franzon,
  • Maria Claudia Piccoli,
  • Thaís Torres Neves,
  • Marília Granzotto Volpato

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-67202009000200002
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 72 – 75

Abstract

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RACIONAL: Apendicite aguda é a causa mais comum de abdômen agudo, responsável por elevada morbidade. Uma vez que o diagnóstico correto e precoce permanece um desafio, a compreensão de seu manejo peri-operatório é fundamental. OBJETIVO: Descrever o perfil clínico e avaliar o manejo peri-operatório de pacientes adultos submetidos à apendicectomia laparotômica. Métodos - Foram analisados prospectivamente 88 pacientes submetidos à apendicectomia no período de nove meses. Todos os pacientes foram operados por laparotomia, e o tratamento cirúrgico instituído obedeceu ao padrão convencional de ressecção cirúrgica por incisão Davis-Rockey, McBurney ou mediana infra-umbilical. Foi realizada análise descritiva das prevalências segundo idade, sexo, sintomatologia e resultados de exames de imagem. Antibioticoterapia foi realizada com ciprofloxacin + metronidazol ou ampicilina-sulbactam. Os pacientes foram acompanhados durante o período de internação quanto à ocorrência de complicações precoces e tempo de permanência hospitalar. RESULTADOS: Trinta pacientes foram submetidos à ultrassonografia (56,7% mulheres) e cinco à tomografia computadorizada - todos do sexo feminino. O leucograma diferencial foi diretamente relacionado com fases avançadas de apendicite, guardando relação com aumento do número de bastões e segmentados e queda no número de eosinófilos e linfócitos. Sessenta pacientes (67%) fizeram antibioticoterapia e 38,33% deles tiveram perfuração apendicular. Complicações ocorreram em 23,8% dos casos, sendo que 11,4% relacionadas à infecção de ferida operatória em maior proporção relacionadas às fases avançadas de apendicite. CONCLUSÃO: Quanto maior a porcentagem de formas jovens na contagem leucocitária, mais avançada está a fase do processo inflamatório apendicular. As mulheres utilizam a ultrassonografia abdominal para esclarecimento diagnóstico em maior número do que os homens. Quanto mais avançado o estágio de evolução da apendicite, maior a prevalência de complicações.BACKGROUND: Acute appendicitis is one of the most common cause of acute abdomen and is responsible for high morbidity. Correct diagnosis remains a challenge, thus accurate perioperative assessment is important in planning surgical therapy. AIM: To evaluate institutional findings in perioperative workup, operative approach and adverse outcomes in patients who underwent open surgical intervention for acute appendicitis. METHOD: A prospective chart was performed of 88 adults patients undergoing open appendectomy. Variables compared were imaging methods and laboratory evaluation, pathologic findings and early complications. Statistical analysis was performed by SPSS 8.0 and EpiInfo6.0. RESULTS: Thirty patients underwent ultrassonography (56,7% females) and five computorized tomography (all women). The differencial white cell count was directly related to more advanced phases regarding increased of "stabs", segmented and eosinophyls/lymphocytes decrease (P>0,005). Sixty (67%) patients used antibiotic therapy and 38,33% of them had perforated appendicitis. Was found 23,8% of complications, 11,4% was wound infections and patients with perforated appendicitis. CONCLUSION: Females demand more imaging methods. The differencial white cell count in complicated appendicitis has an increment in less mature neutrophils and reduction of the eosinophils and lymphocytes. Advanced phases has increase risk of early complications mainly superficial wound infections and shows more prevalence in using.

Keywords