RevSALUS (Jan 2024)

Efetividade da fisioterapia na doença de Parkinson na melhoria do risco de queda e da independência: um estudo de caso

  • Inês Nascimento,
  • Ricardo Custódio,
  • Beatriz Minghelli

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.762
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma doença crónica progressiva que causa incapacidade e comprometimento da qualidade de vida, sendo o distúrbio do movimento mais comum do sistema nervoso central. Os sintomas motores da DP podem ser minimizados com a Fisioterapia, que têm como objetivos melhorar a qualidade de vida, mantendo ou aumentando a independência, segurança e bem-estar do utente. Objetivo: Verificar a efetividade da fisioterapia na melhoria do risco de queda e da independência em um utente diagnosticado com DP. Material e Métodos: Estudo de caso de um utente de 89 anos do sexo masculino diagnosticado com DP idiopática estádio II, Tetraparesia acinética com predomínio crural distal. Apresentava alterações do padrão de marcha, controlo postural e coordenação motora e diminuição da funcionalidade. Iniciou sessões de fisioterapia individuais, 2 vezes por semana, com uma duração de 1 hora. Foram realizados os seguintes testes: Time up and go, escala de Berg e de Barthel. A intervenção teve a duração de 7 semanas, sendo composta por um aquecimento, treino funcional e alongamentos. O aquecimento foi composto por 10 minutos de treino aeróbio, realizado na passadeira. Para o treino funcional foram realizados: exercícios de mobilidade, de controlo motor e equilíbrio, um circuito funcional composto por 6 estações com o propósito de trabalhar todas as componentes em défice como o equilíbrio, coordenação e dissociação de cinturas, marcha de diversos tipos como em plano inclinado, lateral e com obstáculos. Resultados: Os valores iniciais e finais das escalas de Berg (40/56 - risco de queda moderado) e de Barthel (95/100 - dependência leve) se mantiveram. Relativamente aos valores do Time up and go na avaliação o tempo foi de 32 segundos, indicando um alto risco de queda. Na reavaliação, o tempo foi de 28 segundos, indicando um moderado risco de queda. Conclusões: Os resultados obtidos revelaram que o plano de intervenção foi efetivo na melhoria do risco de queda e, apesar de ter mantido o mesmo score na escala de Barthel, o utente referiu que realizava as tarefas da vida diária, como o calçar e a colocação da ortótese, com maior facilidade.

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