Revista Brasileira de Odontologia (Jul 2018)

Análise de interações medicamentosas em prescrições dentárias

  • Adriana Antônia da Cruz Furini,
  • Juliana Mendes de Almeida Malagoli,
  • Nayane Justi Dias,
  • Bruna Miranda Lima,
  • Manuela Manzano Bonjardin,
  • Ponatyellen Souza Machado,
  • Tiago Aparecido Maschio de Lima

DOI
https://doi.org/10.18363/rbo.v75.2018.e1021
Journal volume & issue
Vol. 75, no. 0

Abstract

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Objetivo: avaliar as interações medicamentosas potenciais (DI) em prescrições para pacientes de clínica odontológica de uma universidade privada. Material e Métodos: trata-se de um estudo exploratório descritivo. Foram analisadas 204 prescrições odontológicas entre abril de 2015 e outubro de 2016. As bases de dados para a análise do potencial de DI foram acessadas pelos programas Medscape, Drugs.com e Micromedex. Os DIs foram classificados por intensidade em maior, moderada e menor. Resultados: a média de idade foi de 43 ± 14 anos e 61% dos participantes eram do sexo feminino. Hipertensão e diabetes tipo II foram as doenças mais prevalentes. 237 anti-inflamatórios não esteroidais foram prescritos, sendo a nimesulida a mais prevalente nas prescrições, seguida da dipirona com efeito analgésico e antipirético. Destes, oitenta e nove eram antimicrobianos, principalmente amoxicilina. Foram identificadas 95 interações medicamentosas potenciais, sendo 28% de maior intensidade e 67% de intensidade moderada. Doze interações envolveram drogas antiinflamatórias não esteroidais, principalmente cetoprofeno, diclofenaco e ibuprofeno; e nove foram relacionados aos antimicrobianos amoxicilina, metronizadol e azitromicina. Conclusão: A necessidade de uma análise cuidadosa das prescrições dentárias e uma revisão da terapia concomitante utilizada pelos pacientes, reduzindo o risco de interações e, conseqüentemente, prevenindo reações adversas e preservando a segurança dos pacientes, são observadas.

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