Jornal Brasileiro de Psiquiatria (Sep 2024)

Apego materno-fetal, trauma infantil e forças de caráter em gestantes usuárias de crack

  • Carla Fabiane Martins de Queiroz,
  • Lenita Pereira Ferraz,
  • Paula Moraes da Silva,
  • Rafael Lopes Ataides de Oliveira,
  • Felix Henrique Paim Kessler,
  • Caroline Tozzi Reppold,
  • Mauro Barbosa Terra

DOI
https://doi.org/10.1590/0047-2085-2023-0025
Journal volume & issue
Vol. 73, no. 1

Abstract

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RESUMO Objetivos: o estudo buscou avaliar o apego materno-fetal, os traumas na infância e as forças de caráter em mulheres que fizeram uso de crack durante a gestação, internadas em hospital público, em Porto Alegre. Métodos: foram entrevistadas 24 gestantes, em um delineamento transversal, e aplicados os instrumentos: Questionário sobre Traumas na Infância, Escala de Apego Materno-Fetal e Escala de Forças e Virtudes. Resultados: foi encontrado um grau médio ou alto de apego materno-fetal e alta frequência de traumas sofridos na infância, destacando-se abuso emocional e negligência física. Não houve associação significativa entre o vínculo materno fetal e a ocorrência de traumas na infância. As forças de caráter com maior escore foram: bravura, autenticidade e amor. Conclusões: Apesar das condições adversas, foi observado que as gestantes tinham um elevado apego materno-fetal. A identificação das forças de caráter que se destacaram pode ajudar para um tratamento mais efetivo dessas mulheres, sendo esta uma boa estratégia no planejamento de políticas de saúde pública.

Keywords