Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

CITOTOXICIDADE QUIMIOTERÁPICA EM PACIENTE COM LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA: CASO CLÍNICO

  • VMS Moraes,
  • VG Silva,
  • WJ Silva,
  • MJS Barros,
  • CM Pereira,
  • RGS Santos,
  • JASA Barros,
  • MEV Miguel,
  • AFDMD Santos

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S332 – S333

Abstract

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Objetivo: Desvelar o manejo dos distúrbios cutâneos e subcutâneos. Material e métodos: Baseado nas experiências, fomentar um relato de implementação da assistência de enfermagem ao paciente com reações adversas ao Rituximabe e Clorambucil, do hospital referência em hemoterapia e hematologia no Estado de Pernambuco (Hemope). Resultados: S.V.S, sexo masculino, 57 anos, LLC, Insuficiência coronariana, Hipertensão Arterial Sistólica, deu entrada no ambulatório do HEMOPE em 07/03/2018 com persistência da paralisia em hemiface esquerda, causa da sua internação anterior, apresentando resultado da tomografia computadorizada (TC) de crânio normal. Rastreamento com USGs, sem grandes anormalidades. 24/08/2023, 1° ciclo quimioterápico (Rituximabe e Clorambucil com reação infusional). 2° e 3° ciclo com Clorambucil e Rituximabe por 7 dias; fluconazol devido a tumor pulmonar detectado após TC. 05/10/2023, lesões crostosas e friáveis em lábios e palato duro, lesão periocular bilateral, realizado tazocin e fluconazol endovenoso, febre diária, astenia, odinofagia, emagrecimento, lesões persistentes e surgimento em saco escrotal e hematoquezia prévia, fez teicoplanina, antiparasitário e prednisona. 11/12/2023, dor torácica, febre, sensação de dispneia. Tratando mucosite com laserterapia no IMIP, investigando as lesões de coloração marrom ungueais com dermatologista, lesões de coloração castanho no tronco e avermelhadas em lábios. 25/03/2024 relata que em 17/02/3024 S.V.S estava subfebril, sem infecção ativa, disfagia, mucosite em cavidade oral, tumoração em língua, extensas lesões em mãos e pés. Iniciado acompanhamento das lesões pela enfermagem. Biópsia de pele em 23/10/2023 indica dermatite de interface liquenóide. 27/03/2024, dermatite de interface liquenoide (reação de toxicidade) associada a acantólise focal (possível achado incidental). Iniciou pulsoterapia (metilprednisolona). 26/04/2024, biópsia de pele afasta pênfigo bolhoso paraneoplásico, farmacodermia e síndrome paraneoplásica. Dermatologia relata feridas em curva de melhora, orientando a manter prednisona. 16/04/2024 endoscopia digestiva alta, aponta pangastrite erosiva moderada, biópsias concluiu ceratite filamentosa. 20/06/2024, paciente comparece ao ambulatório com melhora significativa das lesões e cicatrização sem infecção. Discussão: Dermatite liquenoide de interface, caracterizada por uma reação inflamatória a distúrbios autoimunes, infecções ou substâncias externas ao qual envolve a clonagem de linfócitos T. O tratamento pode incluir medicamentos tópicos e orais dependendo da gravidade e causa subjacente. Março de 2024, instituído tratamento das feridas com coberturas especiais de PHMB e alginato de cálcio. Após biópsia, foi iniciado corticoide tópico, sem melhoras. Posteriormente iniciou o uso do Urgoclean AG, troca semanal. Evoluiu com tecido de granulação, sendo utilizado Urgo Tull, ao qual aumentou o exsudato, sendo necessário retornar para alginato de cálcio com PHMB. Conclusão: A autonomia do enfermeiro é essencial ao cuidado com lesão de pele. A cicatrização de feridas é um evento complexo, dinâmico que requer habilitação e conhecimento teórico capaz de acelerar o processo cicatricial, otimizando gastos. Ressalta-se ainda a importância de um profissional estabelecendo e atualizando protocolos, treinando equipes, objetivando uma assistência de qualidade.