Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Feb 2010)
Antiviral activity of the green marine alga Ulva fasciata on the replication of human metapneumovirus Atividade antiviral da alga verde marinha Ulva fasciata na replicação do metapneumovírus humano
Abstract
We evaluated the antiviral activity of the marine alga, Ulva fasciata, collected from Rasa beach and Forno beach, Búzios, Rio de Janeiro, Brazil on the replication of human metapneumovirus (HMPV). The algae extracts were prepared using three different methodologies to compare the activity of different groups of chemical composites obtained through these different methodologies. Four out of the six extracts inhibited nearly 100% of viral replication. The results demonstrated that the majority of the extracts (five out of six) possess virucidal activity and therefore have the ability to interact with the extracellular viral particles and prevent the infection. On the other hand, only two extracts (from Forno beach, obtained by maceration and maceration of the decoction) were able to interact with cell receptors, hindering the viral entry. Finally, only the extract of algae collected at Forno beach, obtained by maceration presented intracellular activity. To our knowledge, this is a pioneer study on antiviral activity of marine algae against HMPV. It is also the first on antiviral activity against HMPV ever done in Brazil. The study also shows the effect of different environment factors and different chemical procedures used to obtain the extract on its biological properties.Neste artigo, foi avaliada a atividade antiviral da alga marinha Ulva fasciata, coletada nas Praias do Forno e Rasa, em Búzios, Rio de Janeiro, Brasil, sobre a replicação do metapneumovírus humano (HMPV). Os extratos desta alga foram preparados utilizando três diferentes metodologias, visando a comparação da atividade de diferentes grupos de compostos químicos que são obtidos dependendo da metodologia empregada. Quatro, do total de seis extratos foram capazes de inibir praticamente 100% da replicação viral. Os resultados demonstram também que a maioria dos extratos (cinco, dos seis), possui atividade virucida e, portanto, possuem a habilidade de interagir com a partícula viral extracelularmente impedindo a infecção. Por outro lado, apenas dois extratos (coletado da Praia do Forno e, preparado através de maceração e maceração do decocto) foram capazes de se ligar a receptores celulares, impossibilitando assim a entrada das partículas virais nas células. Finalmente, apenas o extrato que foi preparado por maceração da alga coletada na Praia do Forno, demonstrou atividade intracelular. Até onde sabemos, este é um estudo pioneiro sobre a atividade antiviral de algas marinhas sobre o HMPV. É também o primeiro estudo sobre atividade antiviral sobre HMPV realizado no Brasil. O estudo também mostra o efeito de diferentes condições ambientais e procedimentos químicos utilizados na preparação do extrato sobre suas propriedades biológicas.
Keywords