Acta Médica Portuguesa (Feb 2021)

ARIA 2019: Um Percurso Assistencial Integrado para a Rinite Alérgica em Portugal

  • João Fonseca,
  • Tiago Taveira-Gomes,
  • Ana Margarida Pereira,
  • Manuel Branco-Ferreira,
  • Pedro Carreiro-Martins,
  • Magna Alves-Correia,
  • Jaime Correia de Sousa,
  • Elísio Costa,
  • Olga Lourenço,
  • Mário Morais-Almeida,
  • Ana Morête,
  • Frederico Regateiro,
  • Ana Todo Bom,
  • Claus Bachert,
  • Oliver Pfaar,
  • Dana Wallace,
  • Anna Bedbrook,
  • Wienczyslawa Czarlewski,
  • Jean Bousquet

DOI
https://doi.org/10.20344/amp.13777
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 2

Abstract

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A iniciativa Allergic Rhinitis and Its Impact on Asthma (ARIA) teve início há mais de 20 anos e tem elaborado e disseminado orientações baseadas em evidência, e desenvolvido projetos na área da rinite alérgica. Esta iniciativa está atualmente focada em proporcionar orientações centradas no doente que contribuam para um percurso integrado entre os vários níveis de cuidados e que tirem partido de soluções digitais, tendo sido recomendada a introdução na prática clínica de percursos assistenciais integrados. Neste artigo descrevemos a adaptação para Portugal do documento ARIA Integrated Care Pathways. Após breve revisão sobre a epidemiologia e o impacto da rinite alérgica em Portugal e das atividades realizadas em Portugal no âmbito da iniciativa ARIA, é descrito o conjunto alargado de conhecimento utilizado para o desenvolvimento das recomendações para o tratamento farmacológico da rinite alérgica, recomendações essas baseadas na metodologia GRADE, evidência do mundo real adquirida por tecnologia móvel (mHealth) e resultante de estudos de câmara de exposição alergénica. Em seguida, são resumidos os percursos assistenciais integrados para imunoterapia com alergénios produzidas em 2019. Considera-se a imunoterapia com alergénios um exemplo de medicina de precisão e em que a utilização de tecnologias mHealth permitirá melhorar a estratificação para seleção dos doentes e monitorização da resposta. Estas recomendações foram consideradas como ‘boas práticas’ dos cuidados integrados centrados no doente apoiados por sistemas digitais da DG Santé (Direção Geral de Saúde e de Segurança Alimentar da União Europeia) e representam a estratégia de gestão da mudança da fase 4 do ARIA.

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