Revista Brasileira de Cancerologia (Aug 2023)

Nefrotoxicidade da Cisplatina

  • Adalberto Broecker Neto,
  • Sérgio Lago,
  • Rodolfo Coutinho Radke,
  • Ailzo José da Costa,
  • Nelson Gustavo M. Kalil

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1986v32n3.3265
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 3

Abstract

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Duzentos e noventa e dois pacientes receberam 1. 106 cursos de Cisplatina (DDP) com uma nefrotoxicidade de 9,7% (7,9% leve, 1,6% moderada e 0,2% grave. Duzentos e três pacientes (757 cursos) foram tratados exclusívamente a nível ambulatorial, com um método de administração do DDP sem hidratação prévia e em infusão de três horas. A toxicidade renal observada foi de 10, 1% (8,4% leve, 1,4% moderada e 0,2% grave). Todos os pacientes foram avaliados em relação à presença de alterações renais prévias, métodos de administração do DDP, localização do tumor primário, dose administrada por curso, esquema de administração do DDP e dose cumulativa. O fator mais importante no desenvolvimento de maior nefrotoxicidade com o uso de DDP é a presença de alteração renal prévia (p <0,0001). Não foram encontradas relações entre nefrotoxicidade e métodos de administração da droga, localização dos tumores primários, doses por curso, esquemas de administração do DDP e doses cumulativas. O método de administração do DDP em ambulatório sem hidratação prévia é seguro e apresenta toxicidade renal clinicamente aceitável.

Keywords