Revista Brasileira de Educação Médica (Jul 2023)

Reflexões sobre a utilização do Teste de Progresso na avaliação programática do estudante

  • Luiz Ernesto de Almeida Troncon,
  • Lucila Leico Kagohara Elias,
  • Mariana Kiomy Osako,
  • Elen Almeida Romão,
  • Valdes Roberto Bollela,
  • Júlio Cesar Moriguti

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-5271v47.2-2022-0334
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 2

Abstract

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Resumo: Introdução: O Teste de Progresso (TP) constitui modalidade estabelecida e bem-sucedida de avaliação de conhecimentos do estudante das profissões da saúde, principalmente os de Medicina, com potencial de contribuir substancialmente para as finalidades formativa e informativa (controle de qualidade e indicação de melhoria nos processos de ensino e aprendizagem). Adicionalmente, o TP apresenta características adequadas à sua inclusão em sistemas institucionais de avaliação que privilegiem a finalidade formativa, como a avaliação programática (AP), mas que cumprem também a somativa. Nas escolas que vêm definindo ações visando à introdução da AP em seus cursos de graduação, é necessária a reflexão sobre as fortalezas e limitações da utilização do TP no sistema de avaliação. Desenvolvimento: A partir das considerações de um grupo de trabalho representativo de toda a instituição, incumbido de propor meios de introdução da AP em um novo currículo para o curso de Medicina, contando com assessoria internacional com experiência tanto no TP como na AP, elaborou-se reflexão sobre esse tema, baseada na experiência dos autores e em dados da literatura. Propõe-se que, dentro da perspectiva longitudinal da AP, o TP constitua um dos pilares na avaliação de conhecimentos. O TP pode servir de base para acompanhamento do estudante, no contexto da sua turma (coorte), e seus resultados devem ser discutidos com o mentor que o acompanha e lhe dá suporte. O TP deve ter também papel central na gestão, como fonte de informações para eventual revisão e qualificação do currículo e das suas atividades de ensino e aprendizagem. É previsível que a utilização do TP na AP traga diferentes desafios e barreiras, que serão mais facilmente superados se houver na instituição experiências já consolidadas de aplicação de exames institucionais e de desenvolvimento docente para a elaboração de questões objetivas de boa qualidade. Conclusão: A efetividade do TP dentro do sistema institucional de AP vai depender de medidas que visem aumentar a sua efetividade na avaliação e que estimulem a participação ativa do estudante, refletindo sobre seu desempenho no TP, com o apoio do seu mentor, de modo a se engajar em ações que fomentem a autorregulação da aprendizagem.

Keywords