PAJAR - Pan American Journal of Aging Research (Jan 2019)
Diferenças sociodemográficas, clínicas e de tratamento entre idosos com doenças cardiovasculares do SUS e de convênios/particulares = Socio-demographic, clinical and treatment differences among elderly with cardiovascular diseases of SUS and covenants/private = Diferencias sociodemográficas, clínicas y de tratamiento entre ancianos con enfermedades cardiovasculares del SUS y de convenios /particulares
Abstract
OBJETIVO: Avaliar as características sociodemográficas, clínicas e a prevalência de medicamentos utilizados por idosos com doenças cardiovasculares abordando a diferença entre usuários do sistema único de saúde (SUS) e de convênios/particulares durante a internação hospitalar. MÉTODOS: Pesquisa transversal, retrospectiva, sendo conduzida em um hospital de grande porte de Porto Alegre, mediante revisão de prontuários dos pacientes internados nas unidades de internação coronariana no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2015. A amostra foi constituída da avaliação de 152 prontuários, a coleta foi realizada através de um instrumento específico semiestruturado. RESULTADOS: Total de 68 pacientes idosos pertenciam ao grupo de usuários do SUS. Os demais 84 prontuários eram usuários de diversos grupos de Convênios/Particulares. Em relação ao estilo de vida mostrou-se que o tabagismo foi representativo. Quanto aos medicamentos presentes no RENAME, o AAS (94,1% vs 90,4%) e o Maleato de Enalapril (73,5% VS 50,6%) foram, respectivamente, os mais citados pelos pacientes do SUS e convênios/particulares. Já o medicamento Atorvastatina Cálcica, fora do RENAME, foi prescrita em 73,8% dos investigados do grupo SUS e 88,5% de convênios/particulares CONCLUSÕES: Conclui-se que os pacientes do grupo convênios/particulares utilizam um número maior de medicamentos diferenciados que estão fora do relatório Nacional de Medicamentos Essenciais, do que os do grupo SUS. O grupo SUS se destaca por serem mais hipertensos e tabagistas e consequentemente realizam mais internações com patologias mais graves quando comparados ao outro grupo. Esses dados comparativos salientam a importância de ações que visem equilibrar as diferenças existentes entre as modalidades de planos de saúde atendidas no Brasil