Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Oct 1990)

Liver morphology with emphasis on bile ducts changes and survival analysis in mice submitted to multiple Schistosoma mansoni infections and chemotherapy Alterações morfológicas hepáticas, com especial ênfase nas alterações dos ductos biliares e an��lise de sobrevivência em camundongos submetidos a infecções múltiplas por S. mansoni e a quimioterapia

  • L. C. da Silva,
  • M. Regina Vianna,
  • C. P. Abrantes,
  • D. M. C. Lima,
  • A. L. Falavigna,
  • R. H. Antonelli-Cardoso,
  • S. D. Deperon Gallucci,
  • T. de Brito

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651990000500004
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 5
pp. 328 – 337

Abstract

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In an attempt to be as close as possible to the infected and treated patients of the endemic areas of schistosomiasis (S. mansoni) and in order to achieve a long period of follow-up, mice were repeatedly infected with a low number of cercariae. Survival data and histological variables such as schistosomal granuloma, portal changes, hepatocellular necrosis, hepatocellular regeneration, schistosomotic pigment, periductal fibrosis and chiefly bile ducts changes were analysed in the infected treated and non treated mice. Oxamniquine chemotherapy in repeatedly infected mice prolonged survival significantly when compared to non-treated animals (chi-square 9.24, p = 0.0024), thus confirming previous results with a similar experimental model but with a shorter term follow-up. Furthermore, mortality decreased rapidly after treatment suggesting an abrupt reduction in the severity of hepatic lesions. A morphological and immunohistochemical study of the liver was carried out. Portal fibrosis, with a pattern resembling human Symmers fibrosis was present at a late phase in the infected animals. Bile duct lesions were quite close to those described in human Mansonian schistosomiasis. Schistosomal antigen was observed in one isolated altered bile duct cell. The pathogenesis of the bile duct changes and its relation to the parasite infection and/or their antigens are discussed.Numa tentativa de estar o mais próximo possível a pacientes infectados e tratados nas áreas endêmicas de esquistosomose (S. mansoni) e também para obter um período mais longo de seguimento, camundongos foram repetidamente infectados com um número baixo de cercarias. Dados de sobrevivência e variáveis histológicas tais como granuloma esquistosomótico, alterações portais, necrose hepatocelular, regeneração hepática, pigmento esquistosomótico, fi-brose periductal e principalmente, alterações dos ductos biliares foram analisados nos animais infectados tratados e não tratados. A terapêutica por oxamniquina nos animais repetidamente infectados prolonga a sobrevivência de maneira significante (Chi-quadrado 9,24, p = 0,0024), portanto confirmando resultados anteriores com um modelo semelhante mas com um período mais curto de seguimento. Ainda, a mortalidade decresce rapidamente depois do tratamento, sugerindo uma abrupta redução na gravidade das lesões hepáticas. O fígado foi ainda estudado sob o ponto de vista morfológico e imunohistoquímico. Fibrose portal, com um quadro que lembra a fibrose humana do tipo Symmers está presente na fase tardia da infecção. As alterações de ductos biliares são muito próximas daquelas descritas na esquistosomose mansônica humana. Antígeno esquistosomótico foi observado em uma célula isolada do revestimento alterado de duetos biliares. A patogênese das alterações ductais e sua possível relação com a infecção parasitária e/ou seus antígenos foi discutida.

Keywords