Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (Dec 2012)
Diferenças no aumento da glicemia entre equinos recebendo xilazina e detomidina para procedimentos clínicos cirúrgicos e não-cirúrgicos
Abstract
O objetivo deste estudo clínico, radomizado e prospectivo, foi comparar as concentrações sanguíneas de glicose e cortisol entre equinos recebendo xilazina e detomidina para procedimentos cirúrgicos e não-cirúrgicos. Os equinos dos grupos não-cirúrgicos receberam 0,5 mg/kg de xilazina (grupo GX, n=5) ou 0,01 mg/kg de detomidina (grupo GD, n=5) para realização de exame gastroscópico. Os equinos dos grupos cirúrgicos receberam doses semelhantes de xilazina (grupo AX, n=7) ou detomidina (grupo AD, n=7), seguindo-se a indução anestésica com 2 mg/kg de cetamina e 0,05 mg/kg de diazepam para realização de procedimento artroscópico durante anestesia com isofluorano. As amostras de sangue foram coletadas antes da administração do alfa-2 agonista (basal) e após 10, 30, 60 e 90 minutos. Todos os grupos tiveram um aumento significativo da glicemia, a partir de 30 até 90 minutos da administração do alfa-2 agonista, em relação ao basal. Após receber o alfa-2 agonista, o grupo AD apresentou glicemia (118-150 mg/dL) significativamente maior que os grupos GD (99-119 mg/dL) e AX (97-116 mg/dL). Não houve diferenças significativas da concentração de cortisol dentro de cada grupo. Entretanto, o grupo AX apresentou níveis de cortisol (3,6-3,7 mg/dL) significativamente mais baixos que o grupo GX (5,4-5,7 mg/dL), a partir de 30 até 90 minutos da administração de xilazina. Concluímos que a glicemia apresentou valor mais elevadoapós a administração de detomidina para realização de procedimento cirúrgico, comparado à xilazina administrada também para procedimento cirúrgico, e para procedimento não-cirúrgico. A concentração sérica de cortisol foi minimamente influenciada pela administração de xilazina e detomidina independentemente dos procedimentos serem cirúrgicos ou não-cirúrgicos
Keywords