Cadernos de Saúde Pública (Feb 2005)

Leishmaniose em cães domésticos: aspectos epidemiológicos

  • Alba Valéria Machado da Silva,
  • Adelzon Assis de Paula,
  • Maria Alice Airosa Cabrera,
  • João Carlos Araújo Carreira

DOI
https://doi.org/10.1590/s0102-311x2005000100036
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1
pp. 324 – 328

Abstract

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Em Barra de Guaratiba, área endêmica de leishmaniose visceral americana (LVA) no Rio de Janeiro, Brasil, as campanhas de controle não têm sido capazes de reduzir a infecção canina. Este fato nos levou a aprofundar o estudo do cão como reservatório da Leishmania chagasi em ambiente periurbano, através de acompanhamento clínico e sorológico usando as técnicas de IFA e WB. O reconhecimento dos peptideos de 29 e 32kDa por soro de cães comprovadamente infectados por L. chagasi foi observado. Além disso, somente soros de cães sintomáticos reconheceram o antígeno de 68,5kDa, podendo esse peptídeo ser recomendado como parâmetro para eliminação dos cães em área endêmica. A técnica de WB provou ser mais sensível que IFA, desde que as frações peptídicas de 29 e 32kDa foram reconhecidas por soro de cães soronegativos para LVA, até 8 meses antes da soroconversão pelo IFA. A proximidade da mata foi fator relevante para aumentar o risco de infecção por L. chagasi nos cães, possivelmente devido à presença de reservatórios silvestres.

Keywords