Clinics (Jan 2007)

Effects of pelvic floor muscle training during pregnancy Efeitos da cinesioterapia no assoalho pélvico durante a gravidez

  • Claudia de Oliveira,
  • Marco Antonio Borges Lopes,
  • Luciana Carla Longo e Pereira,
  • Marcelo Zugaib

DOI
https://doi.org/10.1590/S1807-59322007000400011
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 4
pp. 439 – 446

Abstract

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OJETIVE: The objective of the present study was to evaluate the effect of pelvic floor muscle training in 46 nulliparous pregnant women. METHODS: The women were divided into 2 groups: an exercise group and a control group. Functional evaluation of the pelvic floor muscle was performed by digital vaginal palpation using the strength scale described by Ortiz and by a perineometer (with and without biofeedback). RESULTS: The functional evaluation of the pelvic floor muscles showed a significant increase in pelvic floor muscle strength during pregnancy in both groups (P INTRODUÇÃO: A gravidez traz importantes modificações hormonais e anatômicas que têm efeito sobre a musculatura do assoalho pélvico. A cinesioterapia aplicada à musculatura do assoalho pélvico na gestação pode ser grande aliada no controle das alterações músculo-esqueléticas. OBJETIVOS: Avaliar efeitos da cinesioterapia no assoalho pélvico durante a gravidez, por meio da perineometria com e sem "biofeedback" e da avaliação funcional do assoalho pélvico, e correlacionar os valores da avaliação funcional com as perineometrias. MÉTODOS: Estudamos 46 gestantes nulíparas em seguimento pré-natal no Departamento de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, entre novembro de 2003 e dezembro de 2004, com até 20 semanas de gestação, atendidas no Setor de Baixo-Risco, divididas em dois grupos: Grupo exercício (23 casos): pacientes submetidas à cinesioterapia para a musculatura do assoalho pélvico; e grupo controle (23 casos): sem a prática da cinesioterapia. Por 12 semanas, até a 36ª semana, seguiu-se um protocolo, com treinamento de 60 minutos semanais, executando-se quatro séries de 10 contrações destes músculos com seis segundos de manutenção e 12 segundos de relaxamento, em decúbitos distintos. Realizaram-se 2 avaliações: 1ª (até 20 semanas) e 2ª (36 semanas gestacionais), por meio da avaliação funcional do assoalho pélvico e da perineometria. RESULTADOS: Na avaliação funcional do assoalho pélvico, tanto o grupo exercício como o grupo controle apresentaram aumento significativo da 1ª avaliação para a 2ª avaliação. Para a perineometria sem "biofeedback", na 2ª avaliação, somente o grupo exercício obteve aumento significativo, com p < 0,001. Quanto à perineometria com "biofeedback", tanto o grupo exercício como o controle tiveram aumento significativo nos valores, porém o delta porcentual foi maior no grupo exercício. Houve correlação significativa e positiva entre a avaliação funcional do assoalho pélvico e as perineometrias sem e com "biofeedback" nas duas primeiras avaliações. CONCLUSÕES: Os efeitos da cinesioterapia nos músculos do assoalho pélvico revelaram aumento significativo na pressão e na força durante a gestação. Durante o período gestacional houve correlação positiva e significativa entre a avaliação funcional do assoalho pélvico e as perineometrias.

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