Diacrítica (Jun 2022)
Uma Viagem à Índia enquanto arte de viver
Abstract
Uma viagem à Índia de Gonçalo M. Tavares é uma epopeia que parodia Os Lusíadas de Luís de Camões, o texto-fonte da identidade portuguesa. Não se debruça sobre questões identitárias portuguesas. Bloom é português, mas a obra concentra-se em investigar o geograficamente invariável no comportamento humano. O destino de Bloom, jovem adulto que faz uma viagem iniciática, depois de um acontecimento trágico, permite refletir sobre o uso ético da potência do corpo, o que faremos ensaiando ligações intertextuais como O osso do meio. Não se dedicou a uma ocupação, nem assumiu a responsabilidade pelo crime que cometeu. No final da obra, revelará uma indiferença ético-moral perigosa.
Keywords