Tempus Actas de Saúde Coletiva (Dec 2014)

Quando o preconceito marca mais que a doença.

  • Iací Proença PALMEIRA,
  • Ana Beatriz de Azevedo QUEIROZ,
  • Márcia de Assunção FERREIRA

DOI
https://doi.org/10.18569/tempus.v8i3.1563
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 3
pp. 53 – 66

Abstract

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Objetivou-se identificar e analisar as representações sociais do contágio da hanseníase por mulheres com o corpo alterado por esta doença, e suas conseqüências para a vida sócio-familiar. Pesquisa qualitativa e descritiva, com aplicação da teoria das representações sociais. Participaram quarenta e três mulheres atendidas em uma Unidade de Referência Especializada em dermatologia sanitária. Realizou-se entrevista individual e observação sistemática. Realizou-se análise lexical, através do software ALCESTE. Os resultados evidenciam representações sobre o contágio da hanseníase remetendo à lepra, ao preconceito e ao confinamento nas colônias, inclusive com separação de utensílios domésticos. Conclui-se sobre a importância da desconstrução destas representações, considerando a subjetividade pelo acesso à história dos sujeitos o qual possibilita entender os significados que estes atribuem ao adoecimento e suas implicações relacionadas ao estigma da hanseníase.