Hachetetepé (Nov 2020)

Transexualidade e educação médica: um estudo analítico

  • Carlos Alberto Severo Garcia-Jr,
  • Liana Cristina Dalla Vecchia Pereira,
  • Amanda Steil,
  • Jair Josué Laurentino dos Reis,
  • Júlia de Sá Liston,
  • Mariana Andréa de Moura Henicka

DOI
https://doi.org/10.25267/Hachetetepe.2020.i21.6
Journal volume & issue
no. 21

Abstract

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A educação médica requer adaptações curriculares de acordo com as necessidades de saúde articuladas às questões sociais da população brasileira. Para tanto, este estudo teve como objetivo analisar como o tema da transexualidade é abordado no curso de medicina de uma universidade de Santa Catarina, região sul do Brasil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com dois procedimentos metodológicos: análise documental dos planos pedagógicos do curso de medicina e grupos focais com estudantes de medicina. A análise de conteúdo foi utilizada enfocando os termos: transexualidade, identidade sexual, sexualidade, diversidade, gênero, disfunções psicossexuais, transexualidade e transgênero. Embora o tema esteja presente em alguns planos pedagógicos, sua inserção ainda é incipiente e limitada no processo educacional com ênfase na aprendizagem de habilidades para "usar uma linguagem neutra". As interlocuções nos grupos focais demonstram a importância do compromisso ético para a atuação profissional diante das demandas das pessoas transexuais. No entanto, os/as estudantes identificam práticas cotidianas ligadas a valores morais. Conclui-se que não há uma determinação formal da questão transexual no currículo médico desta universidade, evidenciando a necessidade de qualificar a formação para uma atuação ético-política.

Keywords