Crônica e brasilidade: a catação do mínimo e do escondido
Abstract
Entre 1892 e 1897, Machado de Assis escreveu as 246 crônicas de "A Semana". À época, já sofrera uma série de decepções: entre elas, não frutificara a cena brasileira nos moldes do teatro realista francês; a literatura não se constituíra numa forma de intervenção social; e a política tornara-se sinônimo de crise moral. Machado, então, orientou sua atenção para a crônica, onde assentaria suas reflexões sobre nossos rituais de convivência urbana. Intrigado com a configuração cultural que lhe escapava, impôs-se a ele buscar os traços psicossociais do brasileiro. Este artigo apresenta alguns resultados do esforço de Machado de Assis pela compreensão da brasilidade.
Keywords