Jornal de Pediatria (Versão em Português) (Sep 2020)
Prognostic factors of death in children during the first year of life due to congenital diaphragmatic hernia: analysis of a hospital cohort from 2005 to 2015
Abstract
Objective: To describe and analyze the prognosis of children during the first year of life with a diagnosis of congenital diaphragmatic hernia admitted between the years 2005 and 2015 in the Neonatal Intensive Care Unit. Method: In a retrospective cohort, 129 children with a diagnosis of congenital diaphragmatic hernia were studied. The prognostic factors were analyzed, whereupon prenatal, delivery, and postnatal exposure variables were associated with death during the first year of life. The odds ratio and the confidence interval (95% CI) were calculated for all the studied variables, using the chi‐squared test and Student's t‐test. Results: The study included 129 children hospitalized from January of 2005 to December of 2015. Seventy‐nine (61%) patients died, 50 survived, and 33 had other associated malformations. Among the prognostic factors, the following were significant and increased the chance of death: polyhydramnios (p = 0.001), gestational age of the earliest diagnosis (p = 0.004), associated congenital abnormalities (OR: 3.013, p = 0.022), pO2 of the first gasometry (p = 0.000), pCO2 of the first gasometry (p = 0.000), presence of pulmonary hypoplasia (OR: 3.074, p = 0.000), use of preoperative vasoactive drugs (OR: 2.881, p = 0.000), and use of nitric oxide (OR: 1.739, p = 0.000). The presence of only intestines in the hernia content was a protective factor (OR: 0.615, p = 0.001). Conclusion: The mortality in the first year of life in patients with congenital diaphragmatic hernia in this study was 61% in the years 2005–2015. Among the prognostic factors that demonstrated a significant effect, pulmonary hypoplasia had the greatest impact. Resumo: Objetivo: Descrever e analisar o prognóstico de crianças ao longo do primeiro ano de vida com diagnóstico de hérnia diafragmática congênita admitidas entre 2005 e 2015 na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Método: Em uma coorte retrospectiva estudamos 129 crianças com diagnóstico de hérnia diafragmática congênita. Foram analisados os fatores prognósticos onde as variáveis de exposição do pré-natal, parto e pós-natais foram associadas ao óbito no primeiro ano de vida. Calculamos a odds ratio (OR) e o intervalo de confiança (IC95%) para todas as variáveis estudadas, sendo utilizados os testes de qui-quadrado e o teste T Student. Resultados: Foram incluídos no estudo 129 crianças, internados de janeiro/2005 a dezembro/2015. Foram a óbito 79 (61%) pacientes, 50 sobreviveram e 33 tinham outras malformações associadas. Entre os fatores prognósticos foram significativos e aumentaram a chance de óbito a polidrâmnia (p = 0,001), idade gestacional do diagnóstico mais precoce (p = 0,004), anomalias congênitas associadas (OR: 3,013, p = 0,022), pO2 da primeira gasometria (p = 0,000), pCO2 da primeira gasometria (p = 0,000), presença de hipoplasia pulmonar (OR: 3,074, p = 0,000), uso de drogas vasoativas pré‐operatórias (OR: 2,881, p = 0,000) e o uso de oxido nítrico (OR:1,739, p = 0,000). A presença de apenas intestinos no conteúdo da hérnia foi um fator protetor (OR: 0,615, p = 0,001). Conclusão: A mortalidade no primeiro ano de vida em portadores de hérnia diafragmática congênita, neste estudo, foi de 61% de 2005 a 2015. Entre os fatores prognósticos que demonstraram um efeito significativo, a hipoplasia pulmonar foi o de maior impacto.