Revista Tempos e Espaços em Educação (Apr 2016)

Repensar o Currículo como Emancipador

  • Jesus Maria Sousa

DOI
https://doi.org/10.20952/revtee.v9i18.4969
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 18
pp. 111 – 120

Abstract

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Se é certo que os estudos curriculares tiveram o condão de, a partir da análise crítica, chamar a atenção para os conhecimentos veiculados pelo currículo, acusando-o de indutor de desigualdades sociais, também é certo que tal facto nos deixou a nós, estudiosos do currículo, num impasse relativamente à função da escola, trazendo à discussão o tipo de conhecimento que ela deve valorizar: um conhecimento experiencial, de senso comum, circunscrito às mundividências dos alunos, ou um conhecimento mais académico e especializado, mesmo que rotulado de elitista. Esta questão ganha maior significado num contexto de educação de massas, uma vez que a ortodoxia curricular entra em choque com a diversidade cultural, sendo por isso apresentada como castradora na construção de muitas outras identidades pessoais e sociais. Mas num mundo cada vez mais globalizado e altamente competitivo, de mudança acelerada a todos os níveis sob a batuta das tecnologias de informação e comunicação, não poderá o currículo ser efetivamente um instrumento de emancipação?