Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (Dec 2012)

Análise térmica e perfil de ácidos graxos do óleo das amêndoas de faveleira (Cnidosculus phyllacanthus Pax. & K. Hoffm) com e sem espinho

  • Monica Tejo Cavalcante,
  • Pushkar Singh Bora,
  • Juan Carlos Letelier Carvajal,
  • Eliane Rolim Florentino,
  • Flávio Luiz Honorato da Silva

Journal volume & issue
Vol. 7, no. 4

Abstract

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Este trabalho apresenta resultados da caracterização química, físico-química e estudo termoanalítico do óleo derivado das amêndoas da faveleira (Cnidosculus phyllacanthus Pax. & K. Hoffm) das variedades com e sem espinhos, objetivando a sua aplicação como uma alternativa para a alimentação animal e humana. O óleo apresentou coloração amarela adequada para uso como óleo de mesa. O índice de acidez variou de 0,64% e 0,79% nas variedades com e sem espinho, respectivamente. Na faveleira com espinhos, os ácidos graxos saturados representaram 31,73%, sendo os ácidos graxos C16:0 (20,87%) e C18:0 (10,55%) os mais abundantes, já os ácidos graxos insaturados representaram 68,27%, sendo o C18:2 (49,45%) e C18:1 (17,8%) os mais abundantes. O ácido graxo C18:3 apresentou menor percentagem com 1,02%. Já a sem espinhos, 29,13% foram dos ácidos graxos saturados e destes 18,85% foram do ácido graxo C16:0 e 9,98% do C18:0. O ácido graxo C14:0 foi menos abundante em ambas. Os ácidos graxos insaturados representaram 70,67%. Sendo os C18:2 e C18:1 com 53,22% e 16,55% respectivamente e o ácido graxo C18:3 apresentou 0,91% do total de ácidos graxos. As curvas TG/DTG do óleo da faveleira sem espinhos apresentaram três etapas de perda de massa atribuídas a decomposição dos triacilglicerídeos, já da faveleira com espinhos apresentaram quatro etapas de perda de massa. A temperatura inicial de perda de massa do óleo da faveleira sem espinhos é menor que a do óleo com espinhos, indicando ser menos estável termicamente, como também apresentou menor teor de resíduo.