Revista Histedbr On-line (Aug 2021)

A construção do homem novo em Cuba (1959-1961)

  • Dayane de Freitas Colombo Rosa,
  • Roseli Gall do Amaral,
  • José Joaquim Pereira Melo

DOI
https://doi.org/10.20396/rho.v21i00.8660363
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 00

Abstract

Read online

A alfabetização de um povo pode promover muito mais do que aprendizagens de leitura e escrita, como ressalta Paulo Freire (1987), pode promover libertação e cidadania, um novo modelo de homem e uma nova consciência de mundo. Neste trabalho, o objetivo foi traçar algumas reflexões sobre como se iniciou a construção, por meio da alfabetização, do modelo de homem ideal cubano: o homem novo. O procedimento metodológico foi uma pesquisa bibliográfica, de caráter historiográfico a partir do projeto de pesquisa: Cuba e a formação docente revolucionária: a construção do Homem Novo vinculado a Universidade Estadual de Maringá-UEM. Delimitou-se como fonte primária o Manual Alfabeticemos (CUBA, 1961b) e os discursos de Fidel Castro pronunciados nos anos de 1960, 1961 e 1967 e o discurso de Che Guevara de 1965. Em um cenário de transformação social, a educação cubana foi reformulada a partir de 1959, com vistas à construção de um novo modelo pedagógico de caráter político, social, econômico e cultural. O primeiro passo para essa reformulação foi a Campanha de Alfabetização realizada em 1961, na qual foi necessário fazer de cada cubano um professor. Assim, o projeto antropológico de Cuba foi se desenvolvendo e ganhando características no contexto de formação do professor alfabetizador a fim de transformar, ao mesmo tempo, o aprendiz em mestre. O estudo concluiu que discutir a práxis alfabetizadora cubana pode em muito promover a reflexão sobre as questões que envolvem um processo eficiente de combate ao analfabetismo em suas várias facetas.

Keywords