Brazilian Journal of Psychiatry (Mar 2005)
Early-onset social anxiety disorder in adults: clinical and therapeutic features Transtorno de ansiedade social de início precoce em adultos: características clínicas e terapêuticas
Abstract
OBJECTIVE: To investigate possible differences in clinical and treatment response in patients suffering from early-onset (18 years) social anxiety disorder. METHODS: Patients diagnosed with social anxiety disorder of early-onset (n = 47; 75.8%) were compared to those diagnosed with late-onset social anxiety disorder (n = 15; 24.2%) in terms of age, mode of onset, subtype, psychiatric comorbidities (according to the Structured Clinical Interview for DSM-IV), symptom severity and response (assessed according to the Clinical Global Impression scale) after at least ten weeks of drug treatment. The statistical analyses included chi² tests with Yates correction or Fisher's exact test, as well as Student's t-test or Mann-Whitney test. The level of statistic significance adopted was 5%. RESULTS: Patients presenting early-onset phobic symptoms more frequently: were inactive (chi² = 4.28; df = 1; p = 0.04); suffered from the generalized subtype of social phobia (chi² = 6.53; df = 1; p = 0.01); and presented psychiatric comorbidity (chi² = 6.71; df = 1; p = 0.01). No differences were observed between the groups in severity of symptoms and therapeutic response. CONCLUSION: The findings suggest the existence of a possible social anxiety disorder subtype characterized by early onset of symptoms, higher rates of absenteeism, a wider range of social phobia symptoms and psychiatric complications.OBJETIVO: Investigar a existência de possíveis diferenças clínicas e terapêuticas entre pacientes com transtorno de ansiedade social (TAS) de início precoce (18 anos). MÉTODOS: Quarenta e sete pacientes com diagnóstico de transtorno de ansiedade social de início precoce (75,8%) e 15 de início tardio (24,2%) foram comparados quanto a: idade, modo de início, subtipo, presença de comorbidades psiquiátricas (avaliada através da entrevista clínica semi-estruturada para o diagnóstico da DSM-IV - SCID), gravidade dos sintomas e resposta após um mínimo de 10 semanas de tratamento farmacológico (avaliados pela Impressão Clínica Global - CGI). Os testes estatísticos utilizados foram os testes do chi² com correção de Yates ou exato de Fisher e os testes t de Student ou de Mann-Whitney. O nível de significância estatística utilizada foi de 5%. RESULTADOS: Os pacientes com início precoce dos sintomas fóbico sociais foram mais freqüentemente inativos (chi² = 4,28; gl = 1; p = 0,04), tiveram mais freqüentemente o subtipo generalizado de fobia social (chi² = 6,53; gl = 1; p = 0,01) e apresentaram com maior freqüência comorbidade psiquiátrica (chi² = 6,71; gl = 1; p = 0,01). Não foi observada diferença em relação à gravidade dos sintomas e à resposta terapêutica entre os dois grupos. CONCLUSÃO: Os achados sugerem a existência de um provável subtipo de transtorno de ansiedade social de início precoce, com maiores taxas de absenteísmo, maior amplitude dos sintomas fóbicos e mais complicações psiquiátricas.
Keywords