Revista Brasileira de Cancerologia (Oct 2021)

Função Pulmonar em Sobreviventes de Osteossarcoma da Infância e Adolescência: Relato de Caso

  • Erica Vieira de Melo Ribeiro,
  • Orlei Ribeiro de Araujo,
  • Gustavo Falbo Wandalsen,
  • Jales Henrique Pereira de Lima,
  • Rosa Massa Kikuchi de Sousa

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n4.1345
Journal volume & issue
Vol. 67, no. 4

Abstract

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Introdução: A quimioterapia usada no osteossarcoma tem potencial para causar danos aos pulmões. Os objetivos deste trabalho foram analisar os volumes e capacidades pulmonares e a forca respiratória de pacientes tratados com quimioterapia e cirurgia para osteossarcoma, em uma serie prospectiva de casos, em um hospital pediátrico oncológico, por meio da análise de espirometria, oscilometria de impulso e manovacuometria. Relato de caso: Em 21 pacientes, a mediana de idade ao diagnóstico foi de 15 anos e na inclusão de 30 anos. O tempo médio de sobrevida livre de doença foi de dez anos. Houve alterações nos exames em 14 pacientes (66,6%), com distúrbios obstrutivos leves na espirometria em três pacientes (14,3%) e padrões obstrutivos na oscilometria em sete pacientes (33,3%). Na espirometria, os valores de média ± desvio padrão (DP) da capacidade vital forcada (CVF) foram 91,9%±12,2; para o volume expiratório forcado no primeiro segundo (VEF1) foram 87,4%±12,2 e as relações VEF1/CVF, 95,4%±7,9. Na oscilometria, os valores médios ± DP para resistência em 5 Hz foram 126,2%±36,2; para resistência a 20 Hz, 128,4% ± 32,4; reatância a 5 Hz, -0,75 ± 0,68 kPa/L/s; para frequência de ressonância, 15,6±4,2 Hz. Na manovacuometria, nove pacientes (42,8%) apresentaram redução nas pressões: as pressões expiratórias máximas (PEmáx) foram reduzidas em oito pacientes e as inspiratórias (PImáx) em três. A média ± DP da PImáx foi 89,4±29,5; PEmáx, 88±37,7. Conclusão: Observaram-se alterações leves nos testes de função pulmonar anos após o tratamento do osteossarcoma.

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