Jornal de Pediatria (Aug 2004)
Prevalência de refluxo gastroesofágico patológico em lactentes regurgitadores Prevalence of pathologic gastroesophageal reflux in regurgitant infants
Abstract
OBJETIVO: Determinar a prevalência do refluxo gastroesofágico patológico em um grupo de lactentes regurgitadores atendidos no Hospital Helena Moura, Recife, PE, utilizando um critério clínico baseado no Critério de Roma II. MÉTODO: O desenho do estudo foi transversal. A população foi constituída por crianças menores de 1 ano de idade, com história de apresentar regurgitação por um período mínimo de 3 semanas. A amostra estudada, no período de janeiro a agosto de 2002, consistiu de 798 crianças. O critério diagnóstico foi baseado no Critério de Roma II. RESULTADOS: A prevalência do refluxo gastroesofágico patológico foi de 11,15% (89/798; IC 95%: 9,10-13,48), sendo maior nos dois primeiros trimestres de vida: 14,62% (31/212; IC 95%: 10,33-19,86) no primeiro trimestre e 13,76% (38/276; IC 95%: 10,07-18,21) no segundo trimestre. CONCLUSÕES: A prevalência de refluxo gastroesofágico patológico foi semelhante a dados encontrados na literatura, predominando, portanto, os portadores de regurgitação infantil.OBJECTIVE: To determine the prevalence of pathologic gastroesophageal reflux in a group of regurgitant infants attended at Helena Moura Hospital, Recife, State of Pernambuco, Brazil. The clinical criteria employed were based on Rome II criteria. METHOD: The study design was transversal. The patients were all children of less than 1 year of age with a history of episodes of regurgitation for at least 3 weeks. The study group was comprised of 798 children who attended the program between January and August of 2002. The diagnostic criteria were based on Rome II criteria. RESULTS: The prevalence of pathologic gastroesophageal reflux was 11.15% (89/798) (95% CI 9.10-13.48). It was higher during the first two trimesters of life, 14.62% (31/212) (95% CI 10.33-19.86) in the first trimester, and 13.76% (38/276) (95% CI 10.07-18.21) in the second trimester. CONCLUSION: The prevalence of pathologic gastroesophageal reflux within the group of children examined concurred with previously published studies, with predominance, therefore, of regurgitant infants.
Keywords