Revista de Saúde Pública (Jun 1969)

Situação dos serviços oficiais de saúde pública na região do Grande São Paulo em 1967 Situation of public health service in the Greater São Paulo, Brazil, in 1967

  • João Yunes

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89101969000100007
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 1
pp. 51 – 58

Abstract

Read online

Estudou-se o Plano Diretor de São Paulo tendo sido verificado que, para a Região do Grande São Paulo, 96,5% das Unidades Sanitárias representadas por Centros, Postos ou Sub-Centros de Saúde são estaduais. A participação estadual é de 100% para o município de São Paulo. Para êste município verificou-se a relação de um Centro de Saúde para cada 400.000 habitantes e um Pôsto de Saúde para cada 160.000 habitantes. Esta relação para o Grande São Paulo foi, respectivamente, de um Centro de Saúde para cada 270.000 habitantes e um Pôsto de Saúde para cada 120.000 habitantes, sendo menor o número destas unidades sanitárias exatamente nas áreas em que as condições sócio-econômicas são piores. Em 11 municípios dos 38 que compõem a área do Grande São Paulo verificou-se ausência dêsse tipo de serviço. Em relação à Assistência Materno-Infantil, o Estado participa com 77,2% dos postos existentes e para o município de São Paulo esta relação é de 73,8%, verificando-se um Pôsto para cada 33.000 habitantes no município e um para cada 30.000 no Grande São Paulo. Em 60% dos Postos Materno-Infantis localizados no município não se presta assistência pré-natal, atingindo na região do Grande São Paulo a cifra de 66%. Verificou-se que não há participação da Prefeitura na assistência especializada, estando o Serviço de Psiquiatria em situação calamitosa, com apenas dois ambulatórios. O atendimento ao doente de lepra é caracterizado pela carência de pessoal médico e para-médico. O atendimento aos pacientes tuberculosos é, entre os serviços especializados, o que se encontra em melhores condições.This summary refers to a study carried out for the "Plano Diretor de São Paulo", including the area of the "Greater São Paulo''. 96.5% of the Health Centers and Subsidiary Centers are state agencies. The participation of the state government in this field, in the City of São Paulo is 100%. In the same area there is a ratio of one Health Center to every 400,000 inhabitants and one Subsidiary Health Center to every 160,000 inhabitants. In the area of "Greater São Paulo" this relation is one Health Center to 270,000 inhabitants and one Subsidiary Health Center to every 120,000 inhabitants. There are less Centers and Subsidiary Centers in the areas of lower social economic conditions. In 11 towns of the 38 which compose "Greater São Paulo", there is not even one Sanitary Unit. 77.2% of the Centers of Maternal and Child Care are state agencies. In the City of São Paulo, the relation is one Maternal and Child Care Center to every 33,000 inhabitants and in the area of "Greater São Paulo", one to every 30,000 inhabitants. 60% of these Centers in the City of São Paulo and 66% in "Greater São Paulo" do not offer pre-natal care. The county government does not participate in the specialized care to individuals, the psychiatric sector being in critical condition with only two out-patient clinics. There is a lack of personnel (doctors and technical assistants) in the Centers which offer medical care to lepers. The care offered to patients with tuberculosis is among the best considering all the units.